Sep 15 2008
DRM do futuro poderá ser baseado em domínio
De forma a evitar a pirataria, muitas companhias insistem em colocar este tipo de tecnologia nos seus produtos, sejam eles musicas, vídeos ou jogos. Apesar de ser uma forma pouco eficaz de combater a pirataria e que chega mesmo a reduzir as vendas, este tipo de tecnologia só traz problemas a quem adquire o conteúdo legalmente, já que o conteúdo só é reproduzido em equipamentos autorizados. Além disso, quem paga pelo conteúdo é tratado da mesma forma caso o tivesse adquirido de forma ilegal, o que leva a que muitos consumidores evitem a compra de produtos com este tipo de tecnologia, tal como esta a acontecer com o SPORE.
De modo a evitar os problemas actuais do DRM está a ser criado um consorcio, o DECE – Digital Entertainment Content Ecosystem, que conta com uma número significativo de empresas desde fabricantes de hardware, estúdios de cinema e produtoras discográficas que pretende criar a nova geração de DRM, o DRM baseado em domínio. Segundo os representantes do consórcio, este tipo de tecnologia permitirá a interoperabilidade entre dispositivos e websites e as regras de uso que permitem ao utilizador copiar o conteúdo para dispositivos localizados em casa e mesmo gravá-los para suportes físicos. O plano é atribuir ao consumidor uma livraria virtual, onde se encontra todo o conteúdo digital, que pode ser acedida por este de um modo semelhante ao e-mail.
Claro que este não seria o caminho ideal a seguir mas já é uma melhoria significativa ao modelo actual, o ideal seria mesmo por de lado este tipo de tecnologia e passar a utilizar formatos abertos e sem qualquer tipo de restrição para os utilizadores.
{via Reuters}
Tags: DECE, DRM
1) Isto é só para vídeo;
2) Quando se lê, no artigo original, “The consortium plans to design a logo that will be placed on products and websites to let consumers know that those products and services are compatible with DECE standards”, isto significa que conteúdo com DECE só tocará em dispositivos que suportem DECE. É a mesma porcaria que soluções como o PlaysForSure… Enfim, nada de “melhoria” aqui, só uma tentativa de dar outro nome à mesma coisa para ver se não é tão mal vista…
o problema é que é drm na mesma
eles dizem que vai ser como nos dvd’s, ou seja, vai ter drm mas pretendem que todo o mercado adira a este esquema para quer as pessoas não notem que eles têm drm porque tocam em todos os dispositivos. o que não acontecem com o caso apple
a questão é que tal como nos dvd’s e apesar de eles tocarem em “todos” os leitores porque todos têm a mesma tecnologia de protecção, na verdade os dvd’s têm restrições digitais
parece-me que em vez de isto melhorar talvez piore, porque os drm aqui passam para a web, com isto entende-se conteudo embutido, audio, video, flash e quem sabe codigo…
Claro que o DRM devia ser posto de parte, porque como se têm verificado actualmente é uma batalha perdida. É só uma questão de tempo até estas protecções serem quebradas, como se viu no caso do Blu-Ray com tecnologias que não permitiam a cópia que duraram cerca de 1 mês…
O problema disto é que o investimento feito nestas tecnologias passa todo para o lado dos consumidores e que leva ao aumento dos preços. E como já se viu leva a que muitos consumidores optem por não comprar este tipo de produtos.
Claro que esta nova versão de DRM é capaz de trazer vantagens em relação ao modelo actual porque vai permitir tocar o mesmo conteúdo em vários diapositivos, desde que pertençam à “casa”, o que para alguns consumidores já pode ser admissível. Mas espero que este modelo não pegue senão vai ser bonito vai…
Vai ser bonito, quando levar os dvd’s de férias (ou nao conseguir ver os meus proprios DVDs em casa) para a casa de um amigo e não os conseguir ver… Bem lá vou ter que os ripar em casa, ou então sacar da net, pois nao me vai estar a apetecer a perder 6h a ripar por filme (tem que ser no minimo com 2 passagens!)
Este modelo de DRM parece-me ser ainda pior: vai ser (mais ou menos) unificado e vai passar para a web. Mau, muito mau!