Oct 15 2008
Utilização de software livre nas eleições brasileiras é um sucesso
A utilização de um sistema livre, neste caso o GNU/Linux, nas máquinas de voto brasileiras correu, de acordo com o Augusto Campos do br-linux.org, sem percalços. A juntar a este relato, o Augusto Campos anexa algumas fotografias do processo de arranque das máquinas e um vídeo que gravou, com a permissão da Secretaria de Tecnologia de Informação do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina.
Apesar destas urnas electrónicas terem sido adquiridas à Diebold, empresa que está envolta em polémicas de fraude eleitoral nos Estados Unidos da América, o software utilizado nelas é livre, e por isso todos os partidos podem analisar o código. Os binários são assinados digitalmente pelos partidos, para que possam comprovar sem problemas que o software das máquinas é o oficial.
Desculpem-me, mas estas lições que o Brasil nos dá é quase como «bater no ceguinho». Chega a um ponto que cansa ver os outros fazerem as coisas bem enquanto nós continuamos na mesma.
As urnas eletrônicas brasileiras, salvo o fato do SL funcionar perfeitamente, são um convite à fraude, não existe uma maneira de proceder a recontagem de votos, pois não há o voto impresso em papel para a conferência do eleitor. Simplesmente tem que se aceitar que se você votou em um candidato X o voto computado será mesmo ao candidato X. A maioria das pessoas (que utilizam o cérebro para pensar) não confia no sistema de votação brasileiro.
A inclusão do SL nas urnas já foi um avanço gigantesco, o próximo passo será o uso de votos impressos em papel e um sistema aberto e auditável para a captação e transmissão dos votos.