Será possível?

Certamente que sim… um dia… mas é algo que demorará bastante tempo e que terá que ter início em coisas mais modestas, em coisas como este projecto.
É um bocado exagerado chamá-lo “automóvel open-source” nesta altura mas, quem sabe, talvez dê início a uma tendência nos chamados “grandes construtores” - que nesta altura de crise devem estar mais receptivos a novos métodos de produção.

Eu já me dava por feliz se se conseguisse criar um formato aberto de computação nos veículos. Com praticamente todos os novos automóveis de gama média/alta a trazerem grandes ecrãs (muitas vezes com touchscreen) e esta tendência a alargar-se aos automóveis mais baratos, coloca-se a questão: o que acharão desse software daqui por 4, 5, ou mais anos?

É óbvio que estará obsoleto… tal como aqueles carros que ainda hoje circulam com sistemas GPS “avançados” de há seis anos atrás, que mostram apenas uns rabiscos com meia dúzia de estradas em Portugal.

O ideal seria esse bloco central ser um módulo que fosse facilmente trocado por um sistema mais potente (incluindo o hardware) com ligações ao resto do veículo através de um bus standard (mas isso já seria pedir demais.)

Bem sei que há questões de segurança, pelo que seria sempre necessário manter uma boa dose de bom senso naquilo que se fizesse - mas, é preciso não esquecer que, neste momento, há cada vez mais pessoas a instalarem PCs nos seus automóveis, os chamados CarPC.

Por isso, não seria bom se houvesse uma simbiose que favorecesse esse desenvolvimento, em vez de ficarmos “fechados” com aquilo que o fabricante do nosso automóvel acha “melhor” para nós?

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