Mar 17 2009
Governo finlandês recomenda a utilização de software livre na administração pública
Desculpem-me, leitoras e leitores do Programas Livres, mas neste preciso momento estou a roer-me de inveja. Tenho tanta que até fiquei mais verde que o Hulk. E acreditem que tenho bons motivos para estar assim, como vão ficar já a saber.
Então não é que o governo finlandês decidiu recomendar a utilização software livre na administração pública, sempre que possível (eu bem disse que tinha bons motivos para estar assim). O software livre que este governo utilizar terá que ter uma licença reconhecida pela OSI (Open Source Initiative). Isto abrange licenças desde a GPL à Apache 2.0, passando por uma série de outras, todas elas listadas em opensource.org/licenses.
Com isto, a Finlândia procura poupar dinheiro, ao mesmo tempo que ganha controlo sobre o software que utiliza e os dados que cria, e promove uma maior justiça e igualdade nos concursos públicos.
Se isto já era bom, ainda fica melhor (para os finlandeses, pelo menos). Para além de recomendar a utilização de software livre, salvo por razões de segurança ou privacidade, todas as alterações que o governo finlandês fizer a uma aplicação serão publicadas livremente. Também, os formatos livres passarão a ser os preferidos para guardar e trocar informação na Administração Pública deste país.
A mim, esta parece-me a única decisão lógica e racional. Não o fazer é comprometer a sociedade em geral. Guardar e trocar informação em formatos fechados compromete o acesso futuro - e até presente - a ela; usar software fechado coloca em causa a segurança e controlo das instituições e da própria democracia. Um viva para a Finlândia, mais um país a mostrar-nos como as coisas devem ser bem feitas.
O documento, originalmente escrito em finlandês, está disponível em inglês , graças ao Google Translate.
{via FreeSoftNews}
[...] Livre na Administração Publica e ainda outro dado interessante dessa política como escreveu o Bruno no Programas Livres, será “O software livre que este governo utilizar terá que ter uma licença reconhecida [...]