Jan 04 2009
Um dia depois do usual, o primeiro artigo da secção “Direitos Digitais” em 2009 é uma resenha do que se foi falando em 2008, para que os assuntos não caiam em esquecimento.
A coluna começou com uma reflexão sobre o que é a Web 2.0, falando do perigo existente em muitas das aplicações web com os seus Termos de Serviço que, muitas vezes, vos levam a assinar contratos em branco. Mais tarde voltámos a falar de Termos de Serviço, desta vez no seu uso em software.
Abordou-se também o assunto do DRM: começando por um artigo que explica o que é o DRM e porque é ele mau, tentámos prever o futuro, falámos sobre a revolta com o Spore, uma das vezes falando também da campanha enganosa da TMN - sobre este assunto podem ainda ler um recente artigo sobre a opinião da DECO quanto aos serviços de venda online de música em formato digital em Portugal. O primeiro telemóvel com o tão-esperado Android, o HTC G1, saiu no mercado mas também ele com DRM, que foi rapidamente contornado. Refereiu-se um podcast onde Direitos de Autor, DRM e Creative Commons, e a condenação da Apple pela EFF ao uso de DRM. A Defective By Design iniciou uma campanha de 35 dias contra o DRM, e o DRM-PT tem acompanhado a campanha.
Falámos sobre Política: o Governo Português optou por software proprietário Norte-Americano para garantir a nossa Defesa, mas desconfia dos seus próprios cidadãos, impondo-lhes um sistema de vigia, violando assim a privacidade de todos os internautas Portugueses. Também no Reino Unido a Privacidade ficou em jogo, lutou-se para bloquear a “resposta gradual”, em particular a remoção da emenda 137. Infelizmente essa emenda acabou por ser removida, e um reforçado plano de combate ao ciber-crime põe em pedigo a privacidade dos cidadãos Europeus.
Falámos ainda de duas iniciativas comunitárias: o Superstruct que reuniu quem quisesse num jogo cujo objectivo seria descobrir várias formas de melhorar o mundo, e sobre as licenças Creative Commons, num registo tanto escrito como áudio.
E 2009, que nos reservará?
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Jan 03 2009
O Android é um sistema operativo, baseado no kernel Linux, para dispositivos móveis. Ele já está a ser usado em alguns telemóveis. Agora, vai começar a chegar aos Netbooks, e o primeiro passo já foi dado.
Uma empresa, a Mobile-facts, fez um port com sucesso do Android para um Asus EeePC 1000H. Isto só foi possível graças a uma comunidade de utilizadores, chamada , que partilha entre si informação sobre tentativas de usar o Android em diferentes plataformas.
A abertura deste sistema permitiu que alguém metesse mãos à obra e o conseguisse correr noutra plataforma, dando aos utilizadores dessa plataforma e desse sistema mais uma escolha. E este trabalho também poderá beneficiar outros projectos. Claro que também há um ganho para o Google, mas isso já são outras histórias.
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Nov 07 2008
Actualização: O Google está a par deste bug e já está a preparar uma correcção para ele. A única forma conhecida de contornar o DRM do HTC Android G1 vai ficar, assim, tapada.
via Rui Seabra @Identi.ca
No HTC G1, o Android vem com DRM, pois não permitia que uma série de tarefas fosse executadas em nome do fantasma da segurança. Claro que, como se sabe, não permitir uma série de acções, como alterar os privilégios de uma pasta, não é sinónimo de segurança. Isto tornou o Android software não-livre.
Prova de que isto não é sinónimo de segurança é o facto de ser possível conseguir privilégios de root (acesso total) no HTC G1 através de uma falha no programa PTerminal. Basta o utilizador iniciar o daemon de telnet na directoria de sistema do telemóvel e aceder, do computador para o telemóvel, por telnet para conseguir acesso root. Mesmo com isto, o DRM continua lá, tornando a compra do HTC G1 algo não recomendado.
via LinuxProMagazine
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Oct 22 2008
Mais vale tarde do que nunca: finalmente o Google disponibilizou o código-fonte do Android. É caso para dizer: Gentelmen, start your hacking.
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Oct 21 2008
Em comunicado, a Mandriva e a Turbolinux anunciaram a sua participação no projecto Moblin, através da criação de um laboratório chamado Manbo Labs, onde membros das duas empresas irão desenvolver software para processadores Atom.
Algumas das áreas específicas de desenvolvimento no Manbo Labs serão a gestão de energia, diminuição do tempo de arranque e melhoria do interface.
Moblin é um projecto semelhante ao Android ou ao LiMo, por exemplo. O seu objectivo é o desenvolvimento de software para dispositivos móveis, como smartphones, netbooks e MIDs. Dele fazem parte, por exemplo, a Canonical e a Red Flag.
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Oct 16 2008
O Carlos Martins, um dos colaboradores do Programas Livres, escreveu no seu blog pessoal, «Aberto até de Madrugada», que o primeiro telemóvel a usar o projecto Android, o HTC G1, deverá chegar a Portugal em Dezembro.
O é um sistema para dispositivos móveis baseado no kernel Linux, criado pelo Google e que conta com o apoio de várias empresas do ramo das comunicações móveis e não só. Ao contrário do OpenMoko, nem tudo no Android é livre, mas esperemos que isso mude.
Será? E será que veremos pessoas a fazer grandes figurões só para conseguirem um ou isso foi um exclusivo do iDictatorPhone?
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Sep 25 2008
E com os primeiros telemóveis Android a poucas semanas do início da sua comercialização, é a altura perfeita para que os interessados comecem a brincar um pouco com esta nova plataforma que promete revolucionar a Internet móvel.
Embora se possa dizer que isso é algo que foi já iniciado pelo iPhone da Apple, não nos podemos esquecer que - independentemente da sua facilidade de utilização - este produto não é propriamente “aberto.” Sim, temos uma App Store para a qual todos* podem desenvolver (*desde que tenham OS X para correr o SDK.) Mas estamos depois sujeitos às decisões um pouco aleatórias da Apple para que esta permita a sua inclusão, ou não, na App Store - algo que tem causado bastante polémica.
Nesse aspecto, a plataforma desenvolvida pelo Google é muito mais acolhedora: qualquer pessoa pode fazer o que muito bem entender.
Mas ainda melhor, é que qualquer pessoa pode desenvolver programas para o Android sem ter que gastar um cêntimo em software, uma vez que o SDK corre em Linux.
Por exemplo, se usam o Ubuntu, podem ver como instalar o Android SDK 1.0 neste excelente tutorial do howtoforge.
Isto sim, deveria servir de exemplo a todas as empresas que lançam SDKs exclusivamente para sistemas operativos fechados e não-gratuitos.
Portanto, se já te sentias atraído pelo OpenMoko mas preferes usar uma base um pouco mais evoluída e que facilita o desenvolvimento de aplicações com suporte geográfico, começa já hoje a pensar nos programas que poderás criar e instalar no teu futuro Android.
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Carlos Martins escreve no PL todas as quartas (quando não se esquece e passa para as quintas;) um artigo sobre OpenHardware. Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal Aberto até de Madrugada. |
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Sep 04 2008
Em 2005, o Google adquiriu um empresa chamada Skia Inc, que desenvolvia um motor de render gráfico. Agora, aproveitando o lançamento do Chrome, o Google tornou livre grande parte desse motor gráfico, que está incluído na plataforma móvel Android.
Om Malik, autor do blog GigaOm, defende que a disponibilização de boa parte do motor gráfico do Android durante o lançamento do Google Chrome prova que este browser tem como principal objectivo os dispositivos móveis e não o desktop. Qual a vossa opinião acerca disso?
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Aug 31 2008

Esta imagem foi retirada do site Engadget.com, onde poderão encontrar mais fotografias de um HTC alegadamente com o Android instalado.
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Aug 19 2008
O nosso colaborador Carlos Martins fala no seu blog de rumores que indicam o lançamento do primeiro telemóvel com a plataforma android da Google já em Setembro.
Já aqui tínhamos falado sobre o android e daquilo que ele permite. Este telemóvel será a realização daquilo que já é esperado há algum tempo. Chamar-se-á HTC Dream e quando sair será com certeza bastante falado. É por isso também uma esperança neste mercado onde só se fala no iPhone e onde o Neo FreeRunner da OpenMoko parece com dificuldades em vingar.
A juntar a essas plataformas ainda existe a LIMO, que parece juntar algum consenso nos diferentes players.
Assim como existem várias distribuições Linux, também já existem várias plataformas mobile. Livre também significa liberdade de escolha.
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