Nov 05 2008
A Diebold, a empresa responsável pelas máquinas de voto actualmente envoltas em polémica nos Estados Unidos da América devido a suspeitas de fraude eleitoral, está a ser processada pela Artifex, a empresa que desenvolveu o Ghostscript, que está a pedir uma indemnização de 150 mil dólares. Em causa está uma alegada violação da popular licença GNU General Public License, criada pela Free Software Foundation.
O Ghostscript é software livre, disponível sob a GNU General Public License. Mas a Artifex permite a aquisição de uma licença para que este software possa ser usado em produtos proprietários, sem a necessidade de partilhar sob a GPL as alterações feitas a ele.
De acordo com a informação disponibilizada pelo site ArsTechnica, as suspeitas de violação da GPL por parte da Diebold surgiram durante as investigações às alegadas irregularidades presentes no software das máquinas de voto, que marcava incorrectamente os votos dos eleitores. Uma das pessoas que estava a investigar estas alegadas irregularidades, Jim March, terá enviado um mail para uma das mailing lists do Ghostscript a relatar aquilo que lhe parecia ser uma violação da GPL. Um dos colaboradores do Ghostscript, Ralph Giles, terá então notificado a Artifex dos achados de Jim March, tendo a empresa decidido tomar medidas legais.
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Oct 03 2008
Aproveitando, presumo eu, o 25º aniversário do Projecto GNU, a Free Software Foundation alterou a sua lista de altas prioridades, onde estão aplicações livres ainda não criadas ou incompletas necessárias para um sistema completamente livre. Também, esta lista de prioridades passou a uma campanha.
Na nova lista de prioridades estão:
- O Gnash, uma implementação livre do Flash;
- O Coreboot, uma campanha de promoção de bios livres;
- Uma alternativa livre ao Skype, compatível com esta aplicação;
- Melhoramentos no sistema de doações e contactos;
- Melhoramentos dos editores livres de vídeo actuais;
- Criação de um substituto livre do Google Earth;
-
Promoção do gNewSense;
-
Promoção do GNU Octave e incentivo à criação de projectos nesta aplicação;
- Substituição das bibliotecas OpenDWG;
- Implementação de debug reversivo no GDB;
- Criação de drivers livres para routers.
Esta campanha da Free Software Foundation já conta com 10 mil dólares americanos doados por Russell Ossendryver, presidente da WorldLabel.com. Este dinheiro não será usado para pagar a programadores, mas para pagar despesas de promoção da campanha e outros gastos relacionados com a campanha - documentação, artwork, etc. Caso queiram ajudar esta campanha, podem participar numa das prioridades listadas e/ou doar algum dinheiro à Free Software Foundation (como o Google faz).
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Sep 18 2008
A curta-metragem “Happy Birthday to GNU“, protagonizada por Stephen Fry, foi traduzido para 24 idiomas e será disponibilizado no Software Freedom Day. O anúncio foi feito pela FSF no seu site oficial.
Já que menciono o Software Freedom Day, quero anunciar que Portugal tem duas equipas criadas para este dia. Uma estará em Gondomar, no LinuxKafe; a outra estará em Almada, num local não especificado no site do Software Freedom Day.
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Sep 02 2008
Com o vigésimo quinto aniversário do projecto GNU aí à porta, Stephen Fry, o conhecido humorista, escritor e actor britânico, deixou uma mensagem de parabéns a este projecto que tornou o software livre no que ele é hoje.
No vídeo, para além dos merecidos parabéns ao GNU, Stephen explica o que é o software livre e porque o software proprietário deve ser evitado, fala da liberdade tecnológica e mais alguns tópicos que poderão ficar a conhecer assim que virem o vídeo.
Para descarregarem este vídeo, no formato Ogg Theora, visitem o site gnu.org.
via FSF.org
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Sep 02 2008
Será que todas as distribuições “Linux” são totalmente livres?
Mesmo livres!?
Para a grande maioria a resposta é não!
Para quem está acostumado com o “verdadeiro” Ubuntu terá com toda a certeza uma multitude de programas de terceiros, os quais, para além de serem proprietários, recorrem a um tipo de licenciamento que não é de todo muito saudável para a “liberdade”.
Estão neste caso alguns codecs e drivers proprietários, algumas fontes e ainda uns quantos programas.
E há algum problema nisto?
Para mim não, não vejo qual o problema excepto se estiver perante uma ilegalidade.
É ilegal?
A resposta não é consensual. Uns dizem que sim enquanto outros afirmam o contrário. Para além do extremismo das interpretações da Lei acresce ainda o factor territorial a complicar as coisas, já que aquilo que é proibido num país poderá não o ser noutro.
As distribuições Linux seguem este caminho - umas vem com tudo, outras vem com alguma coisa e outras com nada (proprietário e fechado, como é óbvio!). gNewSense é um perfeito exemplo das que apenas recorrem a programas verdadeiramente livres e abertos.
Pessoalmente, estou mais perto do gNewSense do que daquelas distros que permitem tudo e mais alguma coisa. Apesar da minha posição também compreendo que quem quer iniciar-se no “Linux” não ficará lá muito bem disposto caso lhe apresentem uma distro destas, e muito menos quando se está a iniciar.
Atenção para um pormenor - apesar de recusar tudo o que não seja “verdadeiramente” livre, tal não quer dizer que tenham que prescindir das actividades que normalmente executam no dia-a-dia, sejam elas no trabalho ou outras de natureza mais lúdica.
Se quiserem experimentar um SO verdadeiramente livre esta pode ser uma solução, principalmente para aqueles que já conhecem um pouco o Ubuntu.
Como decerto já perceberam, é baseada no Ubuntu, saiu recentemente a versão 2.1 e tem o apoio de FSF (Free Software Foundation) - free as in freedom.
Caso esteja interessado em conhecer mais pode dirigir-se até aqui e já que enveredou por esta viagem aconselho uma vista de olhos a builder.
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José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal. |
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Mar 26 2008
A terceira versão da licença GNU General Public License, da Free Software Foundation, atingiu mais um marco na sua ainda recente história: o licenciamento de mais de 2000 projectos sob esta licença.
Alguns dos projectos que já utilizam a GPL3 como licença são, por exemplo, o Aptana, SugarCRM Community Edition, FreeMind, eyeOS, OS X Mercury, Samba e todas - ou quase todas - as ferramentas GNU.
A monitorizar a adopção da GPL3 está a empresa Palamida, que mantém uma secção no seu site onde apresenta e actualiza a lista de projectos sob esta licença.
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Jun 13 2007
Um dos males a que a Free Software Foundation se propõe combater com a GPLv3 é o Trusted Computing - ou “Treacherous computing” como lhe chama Richard Stallman.
Hoje e cada vez mais não somos donos nos nossos computadores, sistemas operativos e programas. Eles, ou as empresas que os gerem, querem tirar cada vez mais aos utilizadores a sua capacidade de decisão e acham que devem ser eles próprios a decidir o que é melhor para o utilizador.
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May 23 2007

A Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL) e o SAPO têm o prazer de anúnciar o Seminário sobre a licença “GNU GPL versão 3? que irá decorrer no Auditório 2 do Fórum Picoas, em Lisboa, no dia 24 de Maio de 2007 a partir as 14:00 com a presença de Richard Stallman, Presidente da Free Software Foundation e autor da GNU GPL, e Ciaran O’Riordan, representante da FSF Europe em Bruxelas, que vêm a Portugal para nos apresentar a motivação das alterações e o que foi alterado, bem como o processo técnico de discussão e revisão.
Sendo a GNU GPL a licença escolhida pela maior parte de centenas de milhares de programadores pelo mundo inteiro, e considerando as obrigações internacionais de respeitar os direitos de autor, é de importância extrema conhecer as alterações das “regras do jogo” naquela que já é apelidada de “Cartilha dos Direitos dos Utilizadores de Software”.
Com 3 rascunhos publicados, e mais de um ano de revisão colaborativa, aproxima-mo-nos da publicação da versão final, e o seu autor original irá realizar uma palestra sobre a motivação da revisão e as alterações introduzidas, bem como esclarecer dúvidas à audiência. De um ponto de vista mais técnico-social Ciaran O’Riordan, da FSF Europe, irá falar sobre o processo de revisão.
Fonte
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May 18 2007

A “the free software foundation” (FSF) lançou uma campanha para promover o uso do formato livre e sem patente OGG, como “um alternativa ética, legal e tecnologicamente superior” ao formato proprietário mp3.
Quem vende ou distribui ficheiros mp3 é obrigado a pagar um valor ao dono da patente. Quem desenvolve aplicações que usam mp3 sujeitas às mesmas regras. Com OGG, que é do domínio público, ninguém fica amarrado à patentes.
A FSF criou um site onde faz essa divulgação e promoção, a FSF acredita que o formato ogg tem todas as condições para se impor em relação ao mp3. Existem já muito reprodutores multimédia que suportam esse formato.
Tecnologicamente é sabido que o formato ogg é melhor. Falta apenas promover, promover, promover.
Eu já uso OGG e tu?
http://www.playogg.org/
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