Oct 14 2008
MANDRIVA 2009.0
Como era óbvio esta seria a semana do Mandriva. Acabada de sair a versão 2009 que apenas veio corroborar tudo o que se pressentia nas versões de teste.
Desde há uns anos atrás raramente pensei no Mandrake ou Mandriva, para quem não sabe o nome deriva de Mandrake + Conectiva, para ser o meu SO de eleição mas quando foi lançada a versão anterior a esta fiquei com a sensação que não tardaria muito a ter o Mandriva como sistema de referência. E assim foi.
Prometia imenso e não se ficou apenas pelas promessas. Embora ainda seja um pouco cedo para me pronunciar mais profundamente acreditem que estou tentado a declarar o Mandriva 2009 como uma das melhores distribuições que vi até hoje.
Claro que uma apreciação deste tipo é subjectiva mas como já tinha dito anteriormente o meu intuito é dar a conhecer Sistemas Operativos Livres e Abertos que ofereçam uma experiência agradável ao utilizador e principalmente ao utilizador que pela primeira vez vai lidar com um “Linux”. E é precisamente essa a situação. O Mandriva topa a tudo. Instalei-o no meu principal computador, que já mudou do AMD 64 3200+ para um “novo” Pentium 2140, e detectou tudo o que havia a detectar inclusivé a placa Nvidia e o monitor ACER 1912. Para além de detectar colocou imediatamente a resolução optimizada para este monitor, 1280×1024, e posso dizer desde já que esta foi a primeira vez que tal aconteceu!
Como se pode depreender esta história não poderia ficar por aqui e decidi fazer uma experiência com o portátil onde actualmente escrevo estas linhas e que se trata de um Toshiba Satellite Pro SPM30 (pau para toda a obra) e mais uma vez foi tudo à primeira excepto a placa wireless a qual deu um bocadinho de luta, mas foi mesmo um bocadinho de luta já que apesar de não detectar à primeira a minha rede bastou meter os parâmetros para passar a ter acesso sem fios. Foi apenas esse o contratempo com que me deparei tendo, de resto e mais uma vez, detectado todo o hardware inclusivamente a gráfica Nvidia e o monitor 15.4″ o qual passou imediatamente à resolução nativa/optimizada de 1280×800. Mais uma primeira vez.
Para todo este aperfeiçoamento concorreu com toda a certeza a escolha pelas versões mais modernas do kernel 2.6.27 e kde 4.1.
No campo do software disponível podem ainda contar com o BrOffice 3.0 que é exactamente o OpenOffice 3.0 mas que se chama assim devido ao nome openoffice já existir no Brasil e para quem não sabe o Mandriva é uma distribuição Linux franco-brasileira.
Existem disponíveis 3 versões - one, free e Powerpack.
One foi a versão testada. Trata-se de um LiveCD, ou um Live DVD para quem não tem CD-R(W) com capacidade superior a 700MB e vem com tudo o que é necessário para correr em praticamente tudo logo à primeira em qualquer hardware.
A versão Free, como é lógico é realmente livre. Não contém qualquer pedaço de código proprietário e destina-se a todos os querem ter realmente um SO completamente livre. Ainda não tive tempo de o experimentar mas certamente não será tudo à primeira tal como no One.
Por fim a versão Powerpack. Esta é a versão comercial a tal que contribui para o nome Mandriva ainda não ter acabado.
Com toda esta dinâmica espero bem que as nuvens pretas tenham deixado de pairar sobre esta distribuição e que acabar de vez já não seja uma ameaça pendente.
Resumindo, assim que puder irei instalar a versão Free e certamente passará a ser essa a minha distro de eleição.
Pelo menos até aparecer o Fedora 10…
Como de costume já se encontra disponível em darkstar. Quem estiver interessado em experimentar a versão One a que diz respeito a Portugal é a “mandriva-linux-one-2009-KDE4-int-cdrom-i586.iso”
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José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos. Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal. |