Dec 02 2008
Como não poderia deixar de ser esta semana calha a vez ao novo Fedora 10, e não é por menos já que este vem recheado de muitas novidades.

- Embora me interesse sobremaneira, enquanto à grande maioria provavelmente não interessará, é que não vem armada com código “tóxico”, ou seja, por padrão não instala codecs, drivers ou programas que possam eventualmente padecer de ilegalidades.
- Um novo ambiente de arranque muito mais rápido e sem as tradicionais mudanças de “humor” gráficas habituais das versões anteriores.
- Segurança melhorada através da inclusão de uma nova ferramenta de auditoria e detecção que dá pelo nome de SecTool.
- Uma melhoria substancial no PackageKit, programa de actualização e instalação de programas, que muda radicalmente a minha primeira impressão quando tive o primeiro contacto no Fedora 9.
- Novas e mais potentes ferramentas de virtualização.
- Novas funcionalidades ao nível do sistema de áudio as quais, para além de funcionar melhor também permitem um menor consumo de energia. (*)
- Um aumento considerável no número de webcams suportadas.
- Impressão melhorada.
Pela primeira vez não vislumbrei qualquer outro ambiente gráfico excepto Gnome e KDE, o que me deixou um pouco admirado mas uma pequena busca permitiu-me “ver” mais uma novidade - Fedora vem agora com versões separadas ao estilo da Canonical. São várias versões ao todo as quais compreendem:
- Fedora XFCE;
- Fedora EL (Electronic Lab), dedicada aos entusiastas da electrónica;
- Fedora Developer;
- Fedora AOS, dedicada aos utilizadores que pretendam pré-configurar/construir a sua própria imagem;
- Fedora Edu/Math;
- Fedora BrOffice, como todos certamente sabem o nome OpenOffice já existia no Brasil e como tal teve que mudar de nome, daí uma versão especial para os nossos irmãos do Brasil.
A Red Hat considera que Fedora KDE também é uma versão diferente mas quanto a mim não faz qualquer sentido, tendo sido aliás a opção que escolhi. A versão do KDE é a 4.1 e vem logo por padrão com o tema Oxygen, o que me apraz imenso já que um dos componentes desta equipa é Nuno Pinheiro , aka kde pinheiro, que para além de ser um bom companheiro “desenha” temas fantásticos. Sem entrar em guerras de qualquer natureza optei por instalar o Fedora com o KDE desde a versão 9, tendo-se tratado apenas de uma questão de gosto pessoal e absolutamente nada contra o Gnome, que foi aliás quem me acompanhou durante os meses em que andei a testar as betas.
Posto isto, o que é que há a dizer? Sinceramente quase nada e até me apetece exclamar: este é o princípio de uma nova era e um dia todas as distribuições serão feitas desta maneira. Claro que é um exagero, mas sinceramente acho que este é sem qualquer dúvida o melhor Sistema Operativo que vi até ao momento!
Claro que todos os interessados em testar um “Linux” esperam que este lhes permita fazer tudo o que fariam com outros SO, mas a tomada de posição da comunidade/Red Hat pode ser um obstáculo a que tudo funcione logo à primeira e fiquem sem algumas funcionalidades que achem importantes. Pessoalmente, compreendo a posição tomada mas de certa forma custa-me um pouco que tal aconteça e espero verdadeiramente que mais fabricantes tenham olhos para os SO Livres. No último ano assisti a uma viragem assinalável em muitos fabricantes mas existem alguns que ainda andam arredados do mundo livre embora não sejam todos iguais pois, enquanto uns até se prestam a ajudar/fornecer os respectivos drivers, outros amarram o seu código por detrás de direitos de autor e até muito pior como no caso das patentes.
Apesar do exposto, Fedora 10 “topa” tudo à primeira em 2 computadores cá de casa e que não por acaso são os mais problemáticos em termos de hardware.
Uma pequena curiosidade - segundo o pessoal da Red Hat:
- “(…) support for more hardware than any other operating system.“
(*) - quanto ao consumo do sistema de áudio, pessoalmente, não me apercebi de nada.
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Oct 17 2008
O Java, da Sun, em tempos foi proprietário. Entretanto, quase todo o código foi tornado livre quando a Sun lançou o OpenJDK. Como ficaram algumas coisas por “libertar”, apareceram vários projectos que tentaram lançar a sua implementação totalmente livre do Java. Um deles é o IcedTea, lançado pela Red Hat e baseado no OpenJDK.
Há uns dias, uma nova versão do OpenJDK foi disponibilizada pela Sun. A comunidade do IcedTea não perdeu tempo e, no dia 15 deste mês - à dois dias atrás -, lançou o IcedTea6 1.3, baseado na nova versão do OpenJDK. Uma das novidades desta nova versão é o suporte para PulseAudio, um servidor de áudio livre multi-plataforma; as restantes podem ser lidas no comunicado oficial.
Os utilizadores do Fedora e Red Hat podem descarregar o pacote RPM oficial do projecto. Os utilizadores de outras distribuições do GNU/Linux e outros sistemas terão que compilar o IcedTea ou esperar que um pacote apareça para o seu sistema.
{Download}
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Oct 12 2008
Há uns dias, Brion Vibber, CTO (Chief Technical Officer) da Wikimedia Foundation, anunciou que os 400 servidores da Wikipédia vão passar a usar o Ubuntu. De acordo com Brion, esta mudança irá facilitar a gestão da infraestrutura em que assenta a Wikipédia, que anteriormente usava Red Hat 9 e diferentes versões do Fedora.
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Jun 25 2008
O Código do Java foi totalmente aberto.
Cerca de 5% do código do java ainda não estava aberto, simplesmente porque a SUN não detinha os direitos sobre esse código. Agora o projecto IcedTea criado pela Red Hat conseguiu repor todo o código fechado por equivalente aberto e esse código passou nos testes de compatibilidade.
Para já apenas o Fedora 9 tem essa versão de Java, mas num futuro próximo outras distribuições passarão a distribuir java por defeito, mesmo as que só contêm software livre.
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Jun 14 2008
A Red Hat fez um acordo de patentes que se pode considerar histórico.

Ao fazer um acordo com a Firestar Software, em que qualquer patente que uma base de dados do JBoss possa ter ou possa após alteração ser adicionada ela será disponibilizada não só para a Red Hat mas para toda a comunidade.
É um acordo histórico, sendo provavelmente o primeiro caso em que os termos da GPLv3 relativos a patentes estão a ser utilizados.
Um exemplo que deve ser seguido ao contrário de alguns outros exemplos entre empresas feitos pela Novell
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Jun 21 2007
Depois de Red Hat e Ubuntu descartar qualquer hipótese de acordo com a Microsoft chegou agora a vez da Mandriva.
O director da Mandriva informou através do seu blog que a Mandriva não pretendia assinar qualquer parceria com a Microsoft. Considera que não precisa de qualquer tipo de protecção por parte da empresa de Bill Gates até porque ainda não viu nenhuma prova sobre a alegada acusação de violação de patentes.
Reconhece que a interoperabilidade é de facto importante e desejável mas não através de acordos duvidosos. Isso consegue-se através de formatos livres tais como ODF.
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Jun 18 2007
Depois de Novell, Xandros e Linspire, a Microsoft quer convencer um outro líder do open source à assinar um acordo : Red Hat.
Sexta-feira passada, Tom Robertson, director da interoperabilidade e dos padrões na Microsoft, afirmou a proposto dos parcerias com Novell, Xandros et Linspire : “Nós adoraríamos fazer o mesmo tipo de acordo com a Red Hat. A nossa porta está sempre aberta para discutir sobre isso.”
Para Tom Roberston, tal como Jean Paoli, responsável pela arquitectura XML na Microsoft e pai do Open XML, este tipo de acordo é atraente sobretudo porque ele responde a uma procura de interoperabilidade dos clientes da empresa que querem utilizar produtos da Microsoft com outros de outras empresas inclusive os open source.
Esta argumentação não foi a utilizada para os acordos antecedentes que visavam antes de mais fornecer um seguro às empresas assinantes para eventuais violações de 235 patentes propriedade da Microsoft por parte dos softwares Open Source. Patentes cuja lista ainda não foi publicada, diga-se.
Este acordos abrem igualmente as tecnologias Microsoft aos signatários o que, segundo os alguns analistas, tornariam no final os seus produtos mais atractivos.
Leigh Day, porta voz da Red Hat, considera a ideia impensável : “Nós iremos continuar a pensar que o Open source e a inovação não deveriam estar sujeitos a uma taxa sem substância e com falta de transparência”, afirmou.
Um ponto de vista partilhado com Mark Shuttleworth, patrão da Canonical, distribuidor do Ubuntu, que lembrou no seu blog “nem Canonical, nem o projecto ubuntu estão interessados em assinar um acordo com a Microsoft com base em patentes mal definidas. Nós recusamos educadamente continuar com este tipo de conversações com a Microsoft.”
Dá que pensar….
Fonte
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May 20 2007

Sítio sobre o “Red Hat SUMMIT Highlights”, um acontecimento realizado em S. Diego, Estados Unidos.
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Dec 03 2006
A versão 11, que antes estava disponível como Beta, já está disponível a versão oficial.
Breve descrição do Caixa Mágica 11: O Caixa Mágica é uma distribuição portuguesa para as arquitecturas i586 e x86_64, baseada em SUSE Linux. O Caixa Mágica 11 foi principalmente concebido para Desktops e Servidores, oferecendo um uso fácil no ambiente KDE ou GNOME (vem incluído da versão oficial), com utilitários e configurações personalizadas, uma instalação fácil com uma opção de redimensionar partições NTFS (basicamente partições que contém Windows XP), instalação e actualização fácil de softwares via apt-get (para Red Hat Package Manager) e Synaptic, foram improvados a detenção e suporte de hardware, e um ambiente completo em português.
Pode fazer download do Caixa Mágica 11 aqui ou comprar o Caixa Mágica 11 Pro aqui
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