Dec 17 2008

Petição contra patentes de software na Europa

Published by Bruno Miguel under notícias livres

Vários programadores, com o apoio da FFII, de diversas empresas e de cidadãos individuais, lançaram uma petição para acabar de vez com as patentes na Europa.

Traduzida em 28 idiomas, a patente tem como objectivo a clarificação legal das leis relacionadas com patentes de software, acabando com estas patentes. Os promotores da petição alegam - e, para mim, com razão - que as patentes de software atrasam e limitam a inovação.

Se concordam que as patentes de software estão a atrasar e limitar o desenvolvimento de software, assinem a petição.

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Nov 09 2008

Poedit

Published by António Sousa under análises

Poedit é um programa utilizado na tradução de software, usando o catálogo gettext.

Sendo leve de instalar, carregar e com um interface muito intuitiva, é possível editar ficheiros com a extensão .po com a maior das facilidades.

poedit-thumb Poedit

Só funciona practicamente com uma janela. Após a abertura de um novo catálogo (ou de um já existente), a área de trabalho divide-se em 3 partes.

Na primeira parte (lado mais à esquerda), encontram-se as strings que se pretende traduzir. Na parte mais à direita ficam as strins já traduzidas, enquanto na parte de baixo aparece a string que está a ser traduzida.

O utilizador pode ainda gerir todos  os seu catálogos, editar comentários, fazer uma procura no código-fonte para tentar localizar strings que necessitem de tradução e em que contexto estas são utilizadas.

Embora seja um programa simples, é extremamente poderoso na sua função. Não lhe encontrei nenhum ponto negativo, tendo como ponto alto a leveza de recursos que utiliza e a sua facil uitilização.

Poedit encontra-se traduzido em 62 línguas diferentes (entre as quais o pt-PT) e está sob a licença MIT. Poedit funciona em ambientes Windows, Linux, Mac,  e que recomendo vivamente.

Até para a semana, abraço!

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Oct 26 2008

Programas para Ubuntu

Published by João Matos under guias linux

Um dos termos de maior pesquisa aqui no PL são programas para Ubuntu. Apesar de analisarmos apenas programas para Windows, muitos dos nossos programas funcionam no Ubuntu. É fácil saber quando, pois aparece um pequeno pinguim na analise min-linux Programas para Ubuntu.

A maneira mais fácil de instalar software é o Adicionar/Remover Programas no menu do Ubuntu, mas também pode ser utilizado o Synaptic que se encontra no menu. Esta é a opção recomendada, uma vez que os programas nos repositórios oficiais são, à partida, seguros.

Para saber como instalar programas pode utilizar o Guia Ubuntu PT. Lá encontra guias de como instalar vários programas.

No GetDeb pode obter programas para Ubuntu, assim como os novos lançamentos.

O PlayUbuntu tem uma lista incrível de jogos que podem ser jogados no Ubuntu, sejam nativos para Linux ou de Windows que podem ser jogados no Wine. O PlayDeb é um repositório de jogos para Ubuntu, dos mesmos criadores do GetDeb.

O UbuntuSoftware tem vários programas e o Ultamatix facilita a instalação de vários programas.

ultamatix Programas para Ubuntu

O LinuxAppFinder é um repositório de aplicações para Linux que especifica se existem pacotes para Ubuntu.

A lista que apresenta-mos ajuda a obterem programas para Ubuntu e se muitos são livres alguns são fechados e retiram-vos liberdades básicas que consideramos imprescindíveis. Na altura da escolha do programa, optem por uma solução que não comprometa os vossos direitos e que nada tenha escondido ou vos tente tapar os olhos.

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Sep 26 2008

Do desktop para a web. Bom ou mau?

Published by Bruno Miguel under opiniões

As aplicações web estão a tornar-se cada vez mais populares e é quase um facto que, dentro de algum tempo, elas serão tão populares como as aplicações locais (ou de desktop, se preferirem). Isto é prático porque, independentemente do sistema e do local, a aplicação, à partida, mantém sempre o mesmo interface e só necessita de um browser para ser acedida.
Mas também levanta algumas preocupações, como a impossibilidade de distribuir e alterar essa aplicação de acordo com as nossas necessidades, e a informação inserida nessas aplicações, em boa parte dos casos, nunca ser realmente nossa. Basta ler os termos de serviços e as políticas de privacidade para constatarmos isso. Dou um exemplo: o DropBox. De acordo com os termos de serviço deste - passo a redundância - serviço, eles podem vender todos os ficheiros que inserimos na nossa conta se precisarem do capital dessa venda para não encerrarem a actividade. Podemos sempre encriptar os ficheiros, mas isso não é garantia absoluta.

As aplicações web são práticas. Podemos aceder a elas em casa, no trabalho, em casa de amigos, num cyber café. Podemos aceder em qualquer lado, só precisamos de um gadget - um simples telemóvel basta - e acesso à net. Não temos que as manter, instalar, nada. É só usar e já está. Bom, não é?
Não necessariamente. E a nossa liberdade? Se essa aplicação web for proprietária, voltamos ao mesmo: não a podemos alterar e nunca sabemos se essa aplicação faz algo mais do que devia, como recolher informação sem autorização. Isto não é paranóia, acontece mesmo. Recordam-se daquela aplicação que permitia fazer uma cópia local dos emais da nossa conta do Gmail? Ela, secretamente, enviava as passwords introduzidas para a conta de email do seu criador. Como era uma aplicação proprietária, era muito difícil alguém saber o que ela estava a fazer. Alguém acabou por descobrir e viu que o programa era um lobo com pele de cordeiro.
O software proprietário, seja ele para o desktop ou para a web, não levanta só problemas de ordem social: também é uma boa fonte de insegurança porque ninguém, para além de quem desenvolveu a aplicação, sabe o que ela realmente faz. Tanto quanto sabem, uma aplicação proprietária pode apenas fazer o que alega ou até roubar informação sensível do vosso computador, como passwords e números de cartões de crédito e respectivos pins.
Outro problema é a portabilidade da informação. Se um serviço web fechar, como iremos nós fazer uma cópia dessa informação? E mesmo que consigamos, será que ela vai estar num formato proprietário que ninguém sabe como aceder? Se usarem um formato livre, esse entrave desaparece, mas outro aparece: uma possível (digo possível porque não sei até que ponto essa violação existirá depois da empresa fechar portas) violação dos termos do serviço que tínhamos aceite.

Felizmente, as aplicações web não têm que ser proprietárias. Basta escolher uma licença que permita que ela possa ser distribuída, alterada e usada para o fim que vocês bem entenderem. Uma dessas licenças é a AGPL, uma versão da GNU General Public License criada com as aplicações web em mente.
De acordo com esta licença, todo o software deve ter uma forma de mostrar aos utilizadores o seu código-fonte. Normalmente, é uma link onde clicam e aparece o código-fonte dessa página. O serviço de microblogging, Identi.ca, está licenciado sob a AGPLv3 e o seu código pode ser descarregado livremente ou visto no próprio serviço.
As aplicações livres para a web seguem um pouco a ideia do OpenPGP - a web of trust (ou web de confiança, em português). Ao mostrar o código-fonte, os criadores da aplicação estão a dizer aos utilizadores que não fazem nada no escuro, que são pessoas de confiança. Ao usar aplicações web regidas por uma licença livre, os utilizadores estão a retribuir essa confiança. A confiança é recíproca e todos sabem o que se passa, como num estado verdadeiramente democrático.

Para uma exposição completa dos problemas das aplicações web proprietárias e da importância das licenças livres para estas aplicações, leiam este artigo da Free Software Magazine. O seu autor, Ryan Cartwright, faz uma exposição bastante boa destes problemas e da importância das licenças livres nas aplicações web.

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Aug 19 2008

DEBIAN

DEBIAN é uma distribuição Linux que prima por apenas apresentar software livre e aberto, mas apesar disto ninguém pense que esta particularidade acarreta alguma limitação. Nada mais errado, pois este SO, para além de ter um repositório com 18.733 pacotes (repito - completamente livres e abertos), corre em 11 plataformas diferentes tanto como servidor quanto cliente. É de facto um dos SO mais multi-facetados que se conhece, senão “o mais”.

Certo é que ninguém lhe fica indiferente, especialmente os “criadores” de algumas das mais badaladas distribuições Linux que por aí andam, tais como Ubuntu, knoppix, Damn Small Linux e DreamLinux, entre muitas outras. Para além das várias distribuições a que deu origem, também levou a que se constituísse à sua volta uma das maiores, melhores e mais dedicadas comunidades da actualidade. Esta comunidade é famosa pelo prazer de ajudar e também pelo poder de resposta que tem face aos problemas que vão surgindo. Este poder de resposta é de tal modo que, desde o alerta até à resolução de determinada falha, quase só se fala em horas e não em dias, meses ou anos. Esta também é uma “marca” deste SO.

DEBIAN encontra-se actualmente na versão 4.0 (estável) - saiu no dia 26 de Julho - e vem artilhado com imensos programas entre os quais o OpenOffice e o Iceweasel. Este último, também constitui um motivo de realce já que foi escolhido em detrimento do Firefox devido à incessante busca por um “Linux” totalmente Livre e Aberto muito próximo da filosofia GNU.

Para todos quanto desejarem experimentar este SO, já sabem que podem contar com o rápido e nacional darkstar. Chamo a atenção para um pormenor: antes de começar, aconselho vivamente uma leitura atenta de alguma literatura acerca do Debian. Podem começar por aqui, por exemplo.

Muito haveria a dizer, mas hoje vou terminar por aqui, com uma singela e justa homenagem a este SO:
PARABÉNS AO DEBIAN E A TODA A SUA COMUNIDADE PELOS 15 ANOS DE EXISTÊNCIA.

jocaferro DEBIAN José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal.

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Aug 03 2008

eMule

Published by António Sousa under análises

P2P (Peer-to-Peer), esta arquitectura de rede, já muito deu que falar na televisão, na Internet, nos jornais… e sempre pelas piores razões: downloads ilegais. Em todo o mundo este tipo de redes são acusadas de irem contra os direitos de autores, mas isso são contas de outro rosário e para outras discussões.

Antes de apresentar o programa desta semana, gostaria de explicar de uma forma muito sucinta como funciona esta arquitectura de rede: consiste em ter vários computadores ligados entre si mas sem um papel específico, ou seja é uma topologia de redes em que qualquer computador pode ser ao mesmo tempo um servidor e um cliente.

É baseado nesta tecnologia que o eMule, programa de partilha de ficheiros, trabalha. Por ser um dos programas mais utilizados a nível mundial dentro da sua classe, decidi apresentá-lo esta semana.

screenshot-300x216 eMule

Após a sua instalação, deparamo-nos com uma janela de configuração. Nela, temos a possibilidade de escolhermos o nome que queremos usar, se desejamos que ele arranque quando ligamos o computador, e mal se encontre a funcionar ligar de forma imediata a um servidor. De seguida, e sempre na mesma janela, definimos as portas a utilizar, e testamo-las (se quisermos ter a certeza que estão a funcionar correctamente). Para terminar a configuração devemos ainda seleccionar a prioridade dos downloads e uploads, escolher se pretendemos contornar as restrições do nosso ISP (Internet Service Provider), e definir que tipo de redes vamos desejar usar: ed2k (link usado junto com a rede eDonkey2000) e/ou Kad (rede de partilha de arquivos onde cada usuário é um “nó” na rede).

O último passo antes de começar a utilizar o eMule é assinalar no assistente o sistema operativo que utilizamos, o número de downloads em simultâneo e o nosso tipo de ligação. Tentei descrever estes passos o mais criteriosos possível, pois para usufruirmos deste programa na sua plenitude, deve estar bem configurado.

Com ele já em funcionamento, aparece-nos de imediato a lista de servidores, onde podemos geri-los da forma que acharmos mais conveniente, tendo na parte superior do programa acesso a todas as outras opções do programa:

  • Kad (possibilita a utilização deste tipo de ligação)
  • Transferências (visualização das nossas transferências e acções adjacentes)
  • Pesquisa (onde procuramos os ficheiros que queremos, podendo filtrar a procura por servidor ou global, tipo ficheiro, tamanho, extensão, disponibilidade,…)
  • Partilha (mostra os ficheiros que estamos a partilhar)
  • Mensagens (troca de mensagens entre utilizadores)
  • Canal de IRC
  • Estatísticas
  • Preferências (outro local para (re)configurar o programa)
  • Ferramentas (utilitários para uma melhor experiência com o eMule)
  • Ajuda

Relativamente à sua função principal, a partilha de ficheiros, além da possibilidade da utilização de dois tipos de ligação, o que permite um download mais rápido, tem acções bastante úteis na sua função. Estão entre eles alterar a prioridade de download do ficheiro, pausar, parar, continuar, cancelar, abrir, pré-visualizar (no caso de ser um ficheiro vídeo), mostrar detalhes, mostrar comentários feitos por outros utilizadores, limpar ficheiros concluídos…tudo isto com um simples clique no botão direito do rato durante o download.

Possui ainda um sistema de créditos e fila de espera, premiando os utilizadores que mais uploads fazem.

eMule encontra-se sob a licença Open-Source, e pode ser descarregado aqui, funcionando em ambiente Windows. Possui ainda uma versão portátil e está traduzido em 26 línguas diferentes entre as quais o PT-PT.

Gostei imenso deste programa. A configuração fácil, a possibilidade de efectuar um teste às portas que vai utilizar, a recuperação de ficheiros,  o contorno à restrição por parte do ISP, a filtragem de pesquisas, a ausência de spyware e adware, tornam-no muito aconselhável para a partilha de ficheiros.

Como aspectos negativos, o facto de não assumir automaticamente as portas que vai usar, a demora a encerrar, e a “lentidão” no download de ficheiros,  levando muitos utilizadores a preferir outros programas que utilizam outras tecnologias para o mesmo fim.

Até para a semana, abraço!

Licença Sítio oficial Sist. operativo Idioma portátil Transferir Proglivre Proglivre
GPL Sítio oficial Windows InglêsPortugalBrasil Portátil Transferir - Ajuda / Suporte

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Jul 27 2008

Money Manager Ex

Published by António Sousa under análises

Cá estou novamente esta semana para uma nova análise. Antes de começar, gostaria de agradecer a todos aqueles que deram o seu parecer na semana passada sobre o meu texto.

Hoje venho apresentar-vos o Money Manager EX, um software de gestão pessoal monetário.

mmex

Cada vez mais, é necessário termos à mão uma aplicação que nos permita saber com a maior exactidão possível o estado das nossas finanças. O Money Manager Ex é uma dessas aplicações.

Após a sua instalação e selecção do idioma, aparece-nos uma janela a perguntar se desejamos crair uma nova base de dados ou então abrir uma que já tenha sido criada. Ao escolher criar uma nova base de dados, devemos escolher uma moeda padrão, um nome de utilizador, nome da conta, e tipo de conta.

Tendo todos os dados inseridos, aparecerá um resumo com as opções seleccionadas, sendo possível ainda acrescentar vários campos entre os quais: número de conta, contacto senha de acesso e saldo inicial.

Chegamos assim à janela principal do programa. Nesta encontramos a maior parte das opções necessárias para gerirmos as nossas finanças. Pode-se administrar o número de contas que bem se entender nas qualidades de contas de banco, investimentos ou bens.

Relativamente nas contas de banco, temos três tipos de transacções: pagamentos, depósito e transferência.
Nas transferências podemos catalogá-las, dizer em que data foram efectuadas, o número de transacção e a data.
Nos investimentos, facilmente inserimos o nome do mesmo, respectivas quotas, comissão, preço de compra e preço actual, podendo ainda seleccionarmos a partir de que conta estamos a usar o dinheiro para investir.
Chegando aos bens, coloca-se o seu nome, o seu tipo (Propriedade, Automóvel, electrodoméstico, obras de arte, jóias, …), valore de reposição, data e % de mudança.

Temos a possibilidade ainda de agendar transacções, realizar orçamentos anuais e como qualquer programa que gere finanças, apresenta vários tipos de relatórios.

Money Manager Ex, encontra-se sob a licença GPL, e pode ser descarregado aqui. Foi criado para funcionar em ambiente Windows 32-bits e ambiente Linux. Tem uma versão portátil e encontra-se traduzido em 18 línguas diferentes, mas não possui PT-PT, apenas PT-BR.

Não sendo grande fã deste tipo de software, achei-o muito completo. É muito fácil de trabalhar, pois grande parte das opções encontram-se na janela principal. Tem algo que eu acho fundamental para software de gestão de finanças, que é a encriptação de dados e ainda catalogação de transacções que serve para uma melhor orientação do dinheiro.

Como únicas desvantagens, o facto de ter poucas moedas disponíveis e alguns erros de tradução.

Até para a semana, abraço!

Licença Sítio oficial Sist. operativo Idioma portátil Transferir Proglivre Proglivre
GPL Sítio oficial Windowsmin-linux Money Manager Ex InglêsBrasil Portátil Transferir - Ajuda / Suporte

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Jun 17 2008

SISTEMAS OPERATIVOS - LIVRES E ABERTOS

“Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”.
Esta frase poderá prestar-se a tudo mas, especificamente neste caso, é mesmo uma realidade.
Todas as Terças irão contar, da minha parte, com um artigo ou notícia acerca de Sistemas Operativos Livres e Abertos e, quando possível, uma detalhada informação ou tutorial acerca de uma determinada distribuição.
Espero conseguir cobrir o espectro das várias hipóteses existentes desde as distribuições “Linux”, BSD ou OpenSolaris.

Hoje, como estou a iniciar a colaboração com Programas Livres, não vou apresentar qualquer Sistema Operativo. Optarei, antes, por “filosofar” um pouco acerca deste conceito.

Qual a vantagem de optar por um SO Livre e aberto?
A resposta é simples: escolha.

Pode, à partida, parecer um pouco simplista, mas na verdade esta escolha engloba muitos outros conceitos com o realce a recair sobre a liberdade.

Liberdade de escolher o que eu pretendo.
Liberdade de mudar.
Liberdade de experimentar.
Liberdade de fazer o que quiser com o que me é oferecido.
Liberdade de construir um SO à minha vontade.
Liberdade de o transportar para quantas máquinas quiser.
Liberdade de optar pelo proprietário se assim o entenderem.

Em suma: completa liberdade para tudo!

E quem não gosta e preza a sua liberdade?
O ser humano, com a sua capacidade de raciocinar, anseia e sempre ansiou pelo seu espaço. Imensas lutas tem sido travadas, desde tempos imemoriais, em busca deste ideal.
Porque há-de ser diferente com a tecnologia? Ou, posto de outro modo, porque não o fazer com a tecnologia que se encontra ao dispor, principalmente quando esta não lhe custa absolutamente nada e, para além do custo, também é absolutamente livre?

Ah!, podem alguns exclamar, mas tem custos pelo menos o tempo que gastamos.
Certo, sem dúvida. Só que o tempo que estão a gastar é produtivo ou seja, estão a aprender algo que poderá ficar para sempre e não a desperdiçar tempo em algo que daqui a dois ou três anos já não existe e lá terão que recomeçar de novo.
Nada como exemplos para ilustrar a teoria e o meu exemplo recorrente é o Brasil. Um país, que ainda há pouco tempo se encontrava tecnologicamente atrasado, ao enveredar pelo caminho do Software Livre e Aberto, tornou-se, em pouco tempo - menos de 5 anos -, numa das maiores potências mundiais no que concerne a este campo. Os nossos irmãos brasileiros começam a dar cartas no mundo inteiro e as solicitações por parte das principais empresas mundiais começam a aparecer em grande escala.

Um dos grandes problemas apontados à progressão deste ramo de negócio é a falta de técnicos e realmente existe um grande deficit de profissionais neste ramo que resulta numa procura muito superior à oferta.
Oportunidade de negócio?
Sim, sem qualquer sombra de dúvida. Se procurarem um pouco poderão certificar-se que os profissionais deste ramo ganham mais que os que se dedicam ao proprietário. Salvo as devidas excepções, como é óbvio.

Dedicar o vosso tempo a esta actividade é investir no vosso futuro. Tudo é gratuito, pelo que evitam a pirataria. E, na maioria dos casos, os conhecimentos que estão a assimilar adaptam-se perfeitamente quer ao mundo livre quanto ao proprietário.

Então o que impede alguém de mudar?
Provavelmente a acomodação. Vivemos numa sociedade, pelo menos no mundo que se diz “civilizado”, em que compramos tudo feito - sociedade “fast-food”, em que as grandes corporações dominam a seu belo prazer os governantes, em que o poder do dinheiro se sobrepõe ao “social” e em que grandes barbaridades são cometidas diariamente com a assinalável passividade da nossa parte.
Vivemos numa sociedade obesa, adaptados à curva do sofá e à forma das pantufas, adoramos o nosso umbigo e passivamente assistimos à barbárie que passa diariamente nos telejornais.

É óbvio que nem todos são assim. Felizmente!
Há sempre alguém, por vezes com um idealismo exacerbado como é o meu caso, que tenta lutar contra a maré. Dá trabalho e chatices sem conta mas, no “fim da viagem”, podermos sentir-nos bem com nós próprios e a satisfação de termos conseguido algo por mais ínfimo seja ilumina a imagem que todos os dias vemos no espelho.

E do lado do proprietário não há ninguém nas mesmas condições, podem perguntar.
Claro que sim. Os idealistas estão dos dois lados da barricada.

Afinal, quais as vantagens que posso tirar de toda esta estafa?
Relativamente poucas se estiverem a pensar em termos monetários, mas muitas se estiverem a pensar em realização pessoal.

Em resumo, não é um “wow” mas sim “Eureka”.

Descoberta ao invés da pasmaceira.

Em jeito de conclusão, faço o convite para me acompanharem nesta viagem, se assim o desejarem. Ninguém é obrigado a nada, mas conto com toda a participação dos leitores de PL para me questionarem ou mesmo para me emendarem quando acham que estou errado. Não vale a pena mencionar que insultos não, já que tenho a certeza que estou perante pessoas verdadeiramente civilizadas.
Contudo, peço o especial favor de evitarem ao máximo as perguntas cujas respostas se podem encontrar com uma simples busca, excepto no caso dos tutoriais ou análises mais detalhadas. A minha vida profissional limita-me imenso o tempo que posso dispensar e por esse motivo darei primazia às questões mais pertinentes ou aquelas onde o grau de dificuldade é mais elevado.

Despeço-me com um grande @braço para toda esta comunidade.

jocaferro SISTEMAS OPERATIVOS - LIVRES E ABERTOS José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal.

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May 14 2008

Manifesto sobre formatos abertos no sistema de ensino

Published by Bruno Miguel under notícias livres

Formatos abertos: sem eles, o mundo virtual torna-se um local ditatorial e autoritário; com eles, torna-se um local democrático onde todos podem trocar informação livremente, independentemente do software que utilizam. Por esta razão e por tantas outras, é necessário sensibilizar as pessoas para a utilização dos formatos abertos.

Por isso, a Associação Ensino Livre publicou recentemente um conjunto de orientações sobre a utilização de formatos padrão abertos, para que escolas, professores e alunos possam escrever, divulgar e trocar informação sem estarem sujeitos a amarras que não se vêm mas se sentem a apertar os pulsos.

Download do manifesto, em formato PDF
Comunicado oficial

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Apr 08 2008

Ministério da Educação lança portal sobre software livre

Published by Bruno Miguel under notícias livres

O Ministério da Educação anunciou o lançamento do Software Livre - um portal destinado a dar a conhecer e a incentivar o uso de software livre nas escolas.

Professores, alunos, encarregados de educação e população em geral poderão aceder a este portal e ficar a saber o que é o software livre e que aplicações e sistemas livres existem.

Esta iniciativa precisa de divulgação. Falem do portal Software Livre junto dos vossos familiares, amigos e até desconhecidos.

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