O Puppy morreu!
Viva o Puppy!
Ontem, o “pequeno” Puppy chegou à versão 4.1. Aí chegado começa a enfrentar um problema - ficou orfão.
Mas, será que existe mesmo um problema?
Espero bem que não.
Ao fim de cinco anos Barry Kauler aka “O benévolo ditador” vai abandonar o desenvolvimento entregando-o gradualmente nas mãos de uma equipa de fieis desenvolvedores. Fico a aguardar por novas versões para ver se esta equipa continuará a cumprir com o objectivo de Barry.
Para quem não conhece o Puppy esta é uma das distribuições Linux que praticamente trabalha em todo o tipo de equipamento, inclusivé nos famosos ASUS eeePC. Criada de raíz, logo sem recurso a qualquer outra distribuição, sempre se cotou como um dos mais extraordinários Sistemas Operativos dedicados a máquinas antigas. Mas não se pense que, apesar de se dar muito bem em máquinas obsoletas e com “pequenos” processores, não vem armada com os programas necessários para um desktop do dia-a-dia.
Leve, poderoso, seguro e rápido tem ainda a particularidade de poder ser configurado à maneira do “cliente”. A sua rapidez advém de uma outra particularidade - todo o SO e demais programas correm na memória só que para isso o computador tem que ter instalados uns “absurdos” 128MB de memória!
Pode trabalhar com menos memória, menos do que 50MB, mas tem que recorrer ao disco ou ao CD pelo que fica mais lento. Já que falei em CD existe mais uma particularidade - o Puppy pode gravar no LiveCD e guardar ficheiros ou as configurações, usando a pouco usada capacidade de gravação em multi-sessão.
Devido à sua “leveza” pode ser instalado através das mais diversas suportes quer os muito conhecidos LiveCD e disco USB quanto os (agora) raros ZIP e Superdisk. Obviamente que também pode ser instalado através de disquete, do disco duro, rede interna ou ainda da web. Só para terminar, também pode ser instalado a partir de Windows.
Todo o sistema é fácil de configurar já que existe ajuda para quase tudo. As duas versões disponíveis foram testadas num Pentium III 1 GHz sem qualquer problema. Inicialmente optei pela mais leve com o kernel 2.6.21.7 (retro) em modo Live CD passando posteriormente para a mais “moderna” versão com o kernel 2.6.25.16 através de um disco USB e apenas a primeira me deu um pequeno problema para detectar uma das placas de rede das duas que este meu antigo e fiel servidor contém mas é perfeitamente normal já que é especialmente dedicada ao hardware mesmo velhinho. As duas versões são diferentes e como é expectável também se comportam de maneira diferente tentando chegar a todo o leque de máquinas existente.
Em resumo, se tem uma máquina velha parada a um canto porque não dar-lhe um pouco de uso?
Ao mesmo tempo que não a envia para o lixo também pode servir para evitar o desnecessário consumo dos actuais computadores apenas para andar a navegar ou elaborar uns textos. Lembre-se que para além de estar a poupar uns trocos também estará a reparar um pouco a sua pegada de carbono.
Face ao exposto porque não perde um bocado do seu tempo a brincar com o cachorro!?
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José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal. |
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