Feb 19 2009

DEBIAN + SIDUX

Está chegada “aquela” altura do ano em que aparecem a maioria das novas versões e este ano ainda vem com mais um bónus - o tão esperado DEBIAN 5.0 está cá fora.

Até que enfim, dirão alguns.

Como não poderia deixar de ser, imediatamente a seguir à saída de DEBIAN teria que surgir SIDUX.

Para já estou em testes com DEBIAN e assim vou ficar por mais uns dias. As versões já testadas nas minhas 3 máquinas de referência foram:

1. Net-install;

2. Live-kde.

De seguida, vou testar a versão Live-Gnome e os 5 DVD ficam para o final. Logo de imediato entrará SIDUX.

Qualquer uma destas distribuições não é para iniciantes nestas coisas de Linux mas sim para aqueles que já tenham um pouco de conhecimento. DEBIAN, não é a distribuição mais fácil mas também não é a mais difícil assim como SIDUX embora esta última ainda dê um pouco mais de trabalho do que a primeira.

Fica desde já prometido que assim que acabar os testes a qualquer uma destas duas distribuições aqui serão colocados mas por enquanto posso assegurar que tudo está a correr melhor do que esperava excepto no PIII 1 GHz que, como é óbvio já não está pronto para estas curvas principalmente na versão Live a qual fica pura e simplesmente “inguiável” e só através do teclado é que lá vai.  Atendendo às características não se poderia exigir mais e nem sequer era esta a intenção mas sim trocar o CentOS 5.2, que lá se encontra a “servir” muito bem, por este DEBIAN também a servidor.

DEBIAN - quem estiver interessado pode experimentar “sacando” do lugar do costume - “darkstar“;

SIDUX - que eu conheça não existe qualquer mirror em Portugal pelo que terá que ser através de qualquer um à escolha na lista presente no site original.

PS: Devido à falta de tempo e excesso de trabalho (felizmente, parece que a crise não é para todos pelo menos em trabalho já que quanto a €  começa a ficar tremido cá por estas bandas) não tenho publicado estas notícias rápidas. Espero voltar ao normal, Terças-Feiras, já a partir da próxima semana com SIDUX e logo a seguir SABAYON.

Peço desculpa a todos os que aqui vieram em vão mas vou tentar corrigir esta vida desenfreada de “workoolizado” e dispender um pouco mais com Programas Livres que bem merecem.

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Jan 28 2009

LINUX MINT

Sensivelmente a meio do mês passado saiu uma nova versão, a 6.0, deste tão adorado Mint.

Fruto da sua facilidade de utilização e de rápida configuração arrasta atrás de si uma legião de adeptos que faz inveja a muitas outras distros, provavelmente com maior número de utilizadores.

Esta última versão é baseada no Ubuntu 8.10 e é acompanhada como habitualmente pelo Gnome, neste caso a versão 2.24.

Como já tinha dito, existe uma enorme legião de adeptos que para além de adorarem esta distro também se encarregam de manter vivo o espírito Mint o que resulta numa das mais activas comunidades que conheço. O lema é “from freedom came elegance” e fazem por o justificar. Sem qualquer sombra de dúvida.

Para além do Live CD tradicional, existe ainda um Live DVD a que convencionaram chamar de Linux Mint Universal que como já devem estar a adivinhar vem com um completo leque de línguas estrangeiras. Incompreensivelmente, este Live DVD não vem acompanhado com os media codecs mais habituais mas a sua posterior instalação é deveras facilitada. Por outro lado, é compreensível que se quiseram proteger contra alguma Lei que não conheçam, em vigor em qualquer um dos países suportados.

Optei pelas duas formas - Live CD e Live DVD “Universal” e em qualquer uma delas não tive um único problema digno de realce, exceptuando um gravador de CD’s que teima em não ler os CD-RW mas isto é apenas uma tara dele e não há nada a fazer senão um dia abrir-lhes as entranhas e aumentar a potência do Laser para ver se fica ou não a ler estes CD-RW.

mintmenu-300x225 LINUX MINT

Foi a primeira vez que tomei contacto com o Mint e fiquei mesmo encantado. Para além de ficar encantado compreendi finalmente o porquê da existência de uma legião de activos e dedicados adeptos. Estou a pensar seriamente em ficar mais um pouco com este Mint e ver até que ponto é ou não aquilo que muitos apregoam mas não sei qual há-de ir fora. Para além disso ando a testar o último Sabayon e o tempo não dá para tudo principalmente num momento em que tento recuperar mais de um mês de inactividade.

Pois bem, aqui fica a minha impressão - muito bom. Mesmo muito bom, especialmente para aqueles que quiserem tomar conhecimento com um “Linux”. Basta mesmo sacar, gravar o CD/DVD e arrancar. Quase de certeza não se verá confrontado com qualquer problema.

Divirta-se.

PS: Saiu hoje a mais recente versão do kde - 4.2. Pelo que tenho andado a apreciar na beta e RC, ainda não tenho a final que será já a seguir, está brutal!

jocaferro LINUX MINT José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal.

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Jan 21 2009

OPENSUSE 11.1

Após mais de um mês de forçado interregno, em que tanta novidade andou por aí, eis-me regressado para falar um pouco sobre uma das “grandes” distros “Linux”. Como devem calcular pelo título em epígrafe, trata-se do openSuse 11.1.

Antes de passar ao relato, neste tempo todo em que estive inactivo deu pelo menos para arrumar a lixarada que ia aqui por casa. Uma quantidade anormal de motherboards, processadores, placas das mais variadas espécies, memórias, discos, leitores e/ou gravadores de CD/DVD enfim uma parafernália de todo o tamanho que redundaram em vários PC’s que a partir de agora fazem parte do meu “lab” caseiro. A principal intenção foi obter um pouco de tudo e se possível o mais diferente possível. Para não demorar mais, passo imediatamente à lista:
1. Pentium 2140 dual core, gráfica Nvidia 8600GT, disco SATA 160GB, 1 GB de memória;
2. Pentium 4 2,4 GHz, gráfica ATI 9250, disco ATA 80 GB, 512 MB de memória;
3. Pentium III 1 GHz, gráfica ATI 9200, disco ATA 80 GB, 1 GB de memória;
4. Pentium III 500 MHz, gráfica S3 Trio 3D/2X, disco 15 GB, 128 MB de memória;
5. idem 4. excepto Disco de 10 GB;
6. Celeron 500 MHz, gráfica XPTO (não tem qualquer identificação e o dissipador parece que ganhou raízes no GPU), disco 8,4 GB, 128 MB de memória; (provavelmente será substituído a curto prazo por um Pentium III 733 assim que alguém me “ofereça” uma mobo que o comporte)
7. idem 6., excepto gráfica Matrox Marvel G200;
8. Pentium II 400, disco 4,1 GB, Gráfica S3 Trio 3D/2X, 128 MB de memória;

Restantes elementos tais como placas de som, TV e de rede de diferentes marcas e modelos vão andar a circular entre as máquinas 4. e 5..

Pode parecer uma monte de sucata, mas vai dando para muitas experiências, principalmente as mais fracas como terminais neste momento de um openSolaris, e quando as coloco em cluster lá vai o meu ego ao ar com a pontuação de folding (a que tenho que me dedicar um pouco mais já que é por uma boa causa). Para além do exposto também dá um belo jeito agora que as temperaturas estão a começar a baixar e se transforma num autêntico aquecimento central, sendo que hoje deve ter sido o dia mais frio deste Outono/Inverno - a mínima estava para aí nos 13º C e a máxima 17 ou 18. É verdade, por estes Açores, prestes a entrar na Primavera, pelo menos eu ainda não senti o Outono e muito menos o Inverno. Apesar de por agora estar tudo ok, nem quero pensar quando começarem a chegar os dias mais quentes.

Depois desta amostragem da cangalhada que por cá anda, durante a semana passada andei a explorar a mais recente versão de openSuse tendo optado por explorar as alternativas disponíveis:
- 64 bit - kde/Gnome;
- 32 bit - kde/Gnome;
- com instalação através de DVD e sem instalação através de Live CD.

Apenas num caso, tive um pouco de trabalho para tentar que o openSuse me reconhecesse a placa de som. Em todos os restantes apresentou-se ao seu melhor nível e sem qualquer problema em detectar tudo à primeira.

os111-cover-switch-300x225 OPENSUSE 11.1

Pessoalmente, gostei mais da versão kde e mais ainda quando passei tudo para o tema Oxygen o qual, como muitos certamente saberão, tem mão de Nuno Pinheiro, um porreiraço companheiro no Planet Geek. Embora tenha gostado mais do kde tal não significa que a opção Gnome seja para deitar ao lixo. Muito pelo contrário, trata-se apenas de uma questão de escolha pessoal e se eu prefiro kde muitos outros poderão estar em desacordo comigo e optar por Gnome. Para além de ser uma questão de escolha pessoal também não gosto lá muito da forma como a Novell, penso que a comunidade terá pouco a ver com isso, andar a forçar os utilizadores a levar com o Mono em cima e provavelmente não tardará muito para que Gnome se veja subjugado a interesses que são deveras duvidosos. Pelo menos essa é a vontade de Miguel de Icaza e só com o tempo se compreenderá realmente o que isto vai dar. Por enquanto, prefiro afastar-me completamente de tudo o que diz respeito a monos e vai de limpeza a toda a força. Aliás, tudo o que depende de mono tem várias alternativas. Há muito tempo e de muita maior/melhor qualidade.

A minha opinião, extremamente favorável quanto a que openSuse se refere, não se deve apenas a mais de 5 anos em que  foi a minha distribuição “Linux” preferida. Neste momento, após a licença ter sido reescrita e se terem deixado daquela borrada da EULA, esta versão 11.1 vai ficar durante um grande pedaço de tempo na máquina 2.. Tive a intenção de a colocar na 1., de vez com a versão 64 bit a qual se mostrou como sendo a mais madura versão 64 bit que me foi dado conhecer até hoje, tendo mesmo chegado ao ponto de ir conferir se realmente estava com essa versão ou não. Impecável. Só não o fiz, devido em parte a essa inclusão à força do mono, com a qual sou totalmente contra  em qualquer SO Livre e como tal perde automaticamente para as outras distribuições.

Recomendo vivamente experimentarem através de LiveCD qualquer uma das opções que se encontram disponíveis. Depois digam-me se partilham da minha opinião ou não - a versão 11.1 é de facto uma das melhores distribuições “Linux” para desktop que apareceram até hoje.

jocaferro OPENSUSE 11.1 José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Dec 09 2008

OPENSOLARIS 2008.11

Apesar da  previsão de maus tempos lá para o lado da SUN o que é facto é que algumas iniciativas estão sempre a “mexer” e parece que não irão parar. A prova disso é dada pela recente saída de mais esta versão 2008.11, perfazem duas no presente ano contando a 2008.05, e já se trabalha na 2009.04 na qual a comunidade deposita grandes esperanças.

Ao longo dos tempos tenho seguido com muito interesse a evolução dos SO da SUN, especialmente o OpenSolaris, e sinceramente acho que o esforço deste pessoal em se adaptar às novas exigências do mercado e a luta que travam para ainda terem uma palavra a dizer é louvável. Como já disse tenho seguido a evolução do OpenSolaris aka Indiana e cada vez que sai uma nova versão tenho a sensação que anda cada vez mais perto do ideal a que propuseram - estar ao nível do “Linux”.

Esta versão quase o consegue e se ainda não está ao nível das mais modernas versões do Mandriva, Fedora ou Ubuntu andará provavelmente no mesmo nível que estas 3 distribuições apresentavam ainda há pouco tempo e nalguns pontos tenho a certeza que se situará bem acima de todos os outros SO que por aí andam. E quando digo todos refiro-me mesmo a todos, muito embora alguns já tenham optado por incluir aquele que é para mim o melhor sistema de ficheiros existente ao alcance de qualquer um - ZFS.

A instalação no portátil Toshiba Satellite Pro M30 não correu da melhor forma mas muito por culpa do drive DVD desta máquina. Infelizmente, devido a ter andado extremamente ocupado, não consegui deitar a mão a mais nenhum computador e teve que ser este a vítima deste teste. O que é facto é que me pareceu, o melhor é dizer mesmo que tenho a certeza absoluta, que por uma qualquer razão o CD, que eu tinha gravado num outro computador, após o arranque e quando já ia um pouco avançado emitia uma série de mensagens estranhas referentes a algo que tinha a ver com AMD64. Claro que alguma coisa andava errada já que esta máquina não tem nem nunca teve qualquer processador da AMD e muito menos um 64 bit pelo que lá saquei de uma nova imagem e toca a gravá-la neste portátil.
Bingo!
Assim já gosto mais e declaro desde já que fiquei admirado quando “vi” que estava tudo como devia incluindo a ligação wifi o que até à presente data já tinha sido conseguido mas com muito mais trabalho e mesmo assim com muitas das vezes a não dar certo.
Para além disto, lá vem o OOo na versão 3.x, 3.x que se repete no caso do Firefox enquanto o Gnome é o 2.24, a correr de uma forma que não fica mal quando comparado com muitas distribuições “Linux”.

Caso esteja interessado em dar uma chance a um verdadeiro UNIX pode experimentar o openSolaris à vontade já que pode sacar o LiveCD e sem qualquer prejuízo ver o que dá na sua máquina. Para já eu fiquei fã e espero ter oportunidade de obter um pouco mais de tempo para explorar esta versão num outro computador e eventualmente instalá-la para ver no que dá. Nesta página poderá encontrar não só o openSolaris como também umas outras distrubuições que se baseiam neste UNIX entre as quais destaco a Nexenta por se tratar de um projecto muito interessante.

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Dec 02 2008

FEDORA 10

Como não poderia deixar de ser esta semana calha a vez ao novo Fedora 10, e não é por menos já que este vem recheado de muitas novidades.

fedora 10
  • Embora me interesse sobremaneira, enquanto à grande maioria provavelmente não interessará, é que não vem armada com código “tóxico”, ou seja, por padrão não instala codecs, drivers ou programas que possam eventualmente padecer de ilegalidades.
  • Um novo ambiente de arranque muito mais rápido e sem as tradicionais mudanças de “humor” gráficas habituais das versões anteriores.
  • Segurança melhorada através da inclusão de uma nova ferramenta de auditoria e detecção que dá pelo nome de SecTool.
  • Uma melhoria substancial no PackageKit, programa de actualização e instalação de programas, que muda radicalmente a minha primeira impressão quando tive o primeiro contacto no Fedora 9.
  • Novas e mais potentes ferramentas de virtualização.
  • Novas funcionalidades ao nível do sistema de áudio as quais, para além de funcionar melhor também permitem um menor consumo de energia. (*)
  • Um aumento considerável no número de webcams suportadas.
  • Impressão melhorada.

Pela primeira vez não vislumbrei qualquer outro ambiente gráfico excepto Gnome e KDE, o que me deixou um pouco admirado mas uma pequena busca permitiu-me “ver” mais uma novidade - Fedora vem agora com versões separadas ao estilo da Canonical. São várias versões ao todo as quais compreendem:

  • Fedora XFCE;
  • Fedora EL (Electronic Lab), dedicada aos entusiastas da electrónica;
  • Fedora Developer;
  • Fedora AOS, dedicada aos utilizadores que pretendam pré-configurar/construir a sua própria imagem;
  • Fedora Edu/Math;
  • Fedora BrOffice, como todos certamente sabem o nome OpenOffice já existia no Brasil e como tal teve que mudar de nome, daí uma versão especial para os nossos irmãos do Brasil.

A Red Hat considera que Fedora KDE também é uma versão diferente mas quanto a mim não faz qualquer sentido, tendo sido aliás a opção que escolhi. A versão do KDE é a 4.1 e vem logo por padrão com o tema Oxygen, o que me apraz imenso já que um dos componentes desta equipa é Nuno Pinheiro , aka kde pinheiro, que para além de ser um bom companheiro “desenha” temas fantásticos. Sem entrar em guerras de qualquer natureza optei por instalar o Fedora com o KDE desde a versão 9, tendo-se tratado apenas de uma questão de gosto pessoal e absolutamente nada contra o Gnome, que foi aliás quem me acompanhou durante os meses em que andei a testar as betas.

Posto isto, o que é que há a dizer? Sinceramente quase nada e até me apetece exclamar: este é o princípio de uma nova era e um dia todas as distribuições serão feitas desta maneira. Claro que é um exagero, mas sinceramente acho que este é sem qualquer dúvida o melhor Sistema Operativo que vi até ao momento!

Claro que todos os interessados em testar um “Linux” esperam que este lhes permita fazer tudo o que fariam com outros SO, mas a tomada de posição da comunidade/Red Hat pode ser um obstáculo a que tudo funcione logo à primeira e fiquem sem algumas funcionalidades que achem importantes. Pessoalmente, compreendo a posição tomada mas de certa forma custa-me um pouco que tal aconteça e espero verdadeiramente que mais fabricantes tenham olhos para os SO Livres. No último ano assisti a uma viragem assinalável em muitos fabricantes mas existem alguns que ainda andam arredados do mundo livre embora não sejam todos iguais pois, enquanto uns até se prestam a ajudar/fornecer os respectivos drivers, outros amarram o seu código por detrás de direitos de autor e até muito pior como no caso das patentes.
Apesar do exposto, Fedora 10 “topa” tudo à primeira em 2 computadores cá de casa e que não por acaso são os mais problemáticos em termos de hardware.

Uma pequena curiosidade - segundo o pessoal da Red Hat:

- “(…) support for more hardware than any other operating system.

(*) - quanto ao consumo do sistema de áudio, pessoalmente, não me apercebi de nada.


jocaferro FEDORA 10 José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Nov 25 2008

LFS

Hoje vou derivar um pouco da habitual linha das distribuições fáceis de experimentar e enveredar por uma linha um pouco mais difícil para falar de “Linux From the Scratch”.

Não se trata de uma verdadeira distribuição mas mais um manual que vai ensinando passo-a-passo a forma de desenvolver uma distribuição Linux. Muitos certamente perguntarão porque mais uma mas na minha perspectiva eu costumo perguntar - e porque não mais uma?
Não é a liberdade uma das pedras basilares do código Livre?

Este projecto é destinado a todos os que queiram desenvolver o seu próprio “Linux” a partir do código-fonte e é composto em várias partes, entre as quais:
- LFS - livro principal de onde partem todos os projectos;
- BLFS - para além do LFS;
- ALFS - automatizando LFS;
- HLFS - endurecendo LFS, prende-se essencialmente com a segurança;
- LIVECD - CD de arranque que proporciona ao utilizador um ambiente propício para este desenvolver o seu projecto.

Lamentavelmente, abandonei o meu projecto pessoal mas de vez em quando vou dando uma voltinha. Pena que o tempo disponível não dê para mais. Aconselho a todos quantos queiram enveredar por este caminho a ter bem a certeza no que se vão meter já que não é fácil e trabalho não faltará. Para além de se preparar mentalmente também deverá tentar saber se alguém o apoia tanto tratando-se de um projecto conjunto quanto alguém que lhe possa “desenrascar” quando aparecer alguma situação difícil.

Recentemente saiu a versão 6.4 deste “manual” e para além de estar disponível na “língua materna” também se pode encontrar em português traduzido pelos nossos irmãos brasileiros e, para além disso, disponível em vários formatos.

O site oficial encontra-se aqui.

As versões portuguesas encontram-se aqui.

Espero que se divirtam tanto quanto eu me diverti. Podem ter a certeza que no meio do “divertimento” compreenderão muita coisa acerca do fantástico mundo que é o “Linux” e algumas dessas lições nunca darão para esquecer.

Para a semana volto para as mais fáceis e logo para a distribuição que neste momento é a que mais gosto - Fedora 10. Sai dentro de 2 dias.

jocaferro LFS José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Nov 11 2008

UBUNTU 8.10

Entre a comunidade, desde 2004, tem sido nos últimos anos a mais badalada distribuição Linux, provavelmente a mais utilizada no uso doméstico e principalmente em desktop.

Apesar de todos os esforços por parte da Canonical, o uso em servidores ainda é relativamente inexistente, provavelmente devido à confiança depositada em outras distribuições e o olhar desconfiado que muitos administradores de sistemas ainda mantêm. Pessoalmente, já experimentei as duas última versões LTS, 6.06 e 8.04 num servidor e os problemas apresentados não foram muito complicados de resolver, apesar de existir um bug um pouco mais grave mas que rapidamente foi resolvido. Note-se que as versões LTS tem um período de suporte entre 3 a 5 anos, enquanto as “outras” esse período é de apenas 18 meses. Em termos de segurança e estabilidade, a experiência com o 6.06 foi muito boa com cerca de um ano nonstop. Quanto à 8.04, apenas a mantive durante 2 meses nonstop e durante esse tempo sempre se manteve estável, tendo sido substituída pelo CentOS apenas por uma preferência pessoal.

Mais uma vez a Canonical conseguiu cumprir os prazos a que se propôs, de seis em seis meses uma nova versão, e lançou a versão 8.10 há cerca de duas semanas atrás. Com o lançamento do Ubuntu, a Canonical lança outras versões de forma a abranger as necessidades específicas de todos os utilizadores tais como:
- Kubuntu - gestor gráfico kde;
- Xubuntu - leve gestor gráfico Xfce vocacionado para uso em computadores antigos e portáteis “menos” rápidos;
- Ubuntu Studio - vocacionado para multimédia - áudio/vídeo/grafismo;
- Mythbuntu - Media Center.

Todas estas versões são disponibilizadas para processadores Intel/AMD 32 bit (i386) e 64 bit (x86_64). Para servidor existe ainda o Ubuntu Server, que, para além das plataformas indicadas, ainda contempla os processadores SPARC.

Apesar de ter mencionado que Xubuntu se prestava a computadores “menos” rápidos, nada impede que seja instalada nos computadores bem rápidos, solução aliás que é utilizada por este escriba no mais rápido computador presente no lab caseiro. Gosto essencialmente dos parcos recursos que utiliza ao mesmo tempo que me permite ter um ambiente gráfico excepcional.

A experiência com o Live CD não foi das melhores já que o Ubuntu não lidou bem com o conjunto placa gráfica Nvidia 8600 GT/monitor TFT ACER. AL 1912.  Como eu, desde o princípio, decidi dedicar este espaço a distribuições Linux do tipo LiveCD que, ao mesmo tempo, funcionassem em pelo menos dois computadores do “mylab”, o objectivo não foi inteiramente cumprido. Enquanto neste computador tive problemas que foram ultrapassados de forma mais ou menos fácil, mas mesmo assim fora do âmbito deste espaço, em dois outros não tive qualquer problema, facto que me levou a escrever na mesma este artigo sobre Ubuntu 8.10.

Assim, numa primeira análise, o Ubuntu 8.10 cumpre praticamente tudo o que prometeu mas com uns pequenos problemas de juventude, os quais certamente serão resolvidos rapidamente pela comunidade e incluídos nas actualizações.
O que é facto é que cada vez se nota mais a apetência dos utilizadores pelas versões mais recentes, o que pode levar a pequenos dissabores para todos aqueles que se estão a iniciar ou com poucos conhecimentos da realidade GNU/Linux, mas com o tempo espero que as coisas mudem de figura. Por esse motivo recomendo a todos uma consulta ao novo Ubuntu.pt onde, para além de notícias e informações importantes, poderá encontrar um grupo de pessoas sempre pronto a ajudar.

Para todos os interessados, já sabem que o sítio do costume - “darkstar” - está disponível à vossa espera.

Divirtam-se.


jocaferro UBUNTU 8.10 José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Sep 16 2008

PC-BSD

Apesar de sempre que se fala em sistemas operativos livres e abertos a conversa recair quase sempre sobre Linux, em abono da verdade existem outros SO que também são dignos de nota. Espero escrever sobre alguns mais desconhecidos mas esta semana e a próxima já tem o destino traçado - para esta o PC-BSD e para a próxima uma das distribuições openSolaris, ou seja, duas distribuições puro UNIX!

Como o próprio nome indica, o PC-BSD é baseada em BSD, mais propriamente em FreeBSD, com o qual tem muitas afinidades e poucas diferenças.
Acabada de sair a versão 7.0 e ainda mal tive tempo de a colocar a trabalhar numa pen disk de 4 GB.

Para quem nunca experimentou qualquer BSD e tem experiência com Linux, principalmente com kde, poderá chegar a uma altura em que até parece que tudo é igual. Não é bem assim, já que existem algumas diferenças. Para aqueles que já lidaram e tem experiência com outros BSD poderão ficar surpreendidos com a facilidade de instalação e até um pouco de pé atrás precisamente face a esta facilidade. Pessoalmente, sou apologista que cada um é como é e se uns preferem andar constantemente em modo texto que (me) lhes faça bom proveito, mas o mundo tende a evoluir e dentro de uns anos poucos serão aqueles que ainda recorrem à linha de comandos ou “menus” em modo texto. Aliás, o FreeBSD irá ter brevemente um instalador gráfico.

Conheci o PC-BSD há cerca de 2 anos e fiquei meio de boca aberta perante a facilidade com que se instalava num dos computadores cá do lab-caseiro - um PII 350 MHz / 512 MB de memória. Desta vez resolvi experimentar num PIII 733 MHz com 256 MB de memória (posteriormente aumentei para 512) e o resultado foi o mesmo - fiquei de boca aberta e a pensar cá para mim porque razão não o tinha permanentemente instalado numa das minhas máquinas…
Ora, porque tinha um outro BSD: o DragonFly!

Ok, sai o Dragão e entra o diabo vermelho(*). Durante uns tempos este diabinho não dará chances a mais ninguém pelo menos nesta máquina.
A instalação não poderia ser mais pacífica e logo a seguir uma série de acessórios que eu considero indispensáveis vieram parar ao meu disco rígido através de um dos mais poderosos instalador de pacotes que conheço - ports - onde se pode escolher mais de 19.000 aplicações. Estou um pouco mais habituado a este método mas as opções não terminam aqui, já que para além do PKG e source do FreeBSD, existe ainda um formato próprio para o PC-BSD - pbi (tanto pode significar Push Button Installer ou PC-BSD Installer).

Por enquanto ainda não me meti em grandes aprimoramentos da interface gráfica, ando apenas a sorver um pouco de Oxygen(**), mas talvez perca um pouco de tempo a alargar os meus horizontes no que diz respeito a efeitos gráficos principalmente os que usam e abusam de 3D - Compiz Fusion. Embora poucas vezes tenha tentado uma incursão no mundo dos efeitos gráficos especiais, acho que ainda vou tentar colocar um aquário como suporte dos meus ambientes de trabalho. Com peixinhos e tudo!

Como isto já vai um pouco longo gostaria de vos convidar a dar uma volta nesta versão já que não perdem nada excepto um pouco do vosso precioso (***) tempo e quem sabe até podem gostar. De certeza absoluta que ficam bem servidos.
Para todos aqueles que estejam interessados em experimentar, tentem o habitual “darkstar” (****). Poderão optar por um Live DVD, um LIVE USB uma colecção de CD ou ainda pelos boot CD/USB.
Também poderão experimentar como servidor. Seguramente, uma das melhores e mais seguras plataformas existentes.

(*) - Malandros, conseguem ver conotações clubísticas em todo o lado…
(**) - Uma grande homenagem a um companheiro do Planet Geek - Nuno Pinheiro. Nuno, tu mereces!
(***) - Sim eu sei…
(****) - Quando lá estiver. É tão recente que ainda não chegou a alguns mirrors mesmo tratando-se dos oficiais. Por enquanto ainda está lá a “beta”.


jocaferro PC-BSD José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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