Aug 13 2008

Os Sistemas Operativos Integrados

Published by Carlos Martins under OpenHardware

A semana passada falei-vos dos netbooks e da possível revolução que eles representam ao chamar a atenção para a importância do sistema operativo que vos permite “trabalhar” com o computador.

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Afinal, para que precisamos nós de um Sistema Operativo? Porque motivo nos pedem para que se pague muitas centenas de euros por uma coisa que… “não faz nada”? (Especialmente quando consideramos que temos alternativas gratuitas?)

Lembro-me perfeitamente de inúmeros casos, onde após o longo processo de instalação do Windows (ainda na altura do Windows 95) as pessoas me perguntavam: “E agora? Como é que escrevo uma carta? Como é que faço aquelas folhas cheias de números?” Ao que eu dizia: “Naaah, espere… agora é preciso instalar mais esses programas.”

É certo que não é função do sistema operativo providenciar tudo isso - é certo - (embora a Microsoft o tenha tentado quando integrou o seu Internet Explorer no Windows, com resultados que não foram lá muito bem conseguidos), mas isso apenas serve para colocar em causa a actual tendência dos sistemas operativos.

Levado ao extremo, pedem-nos que paguemos por um bocado de software que efectivamente “não faz nada,” a não ser permitir correr outros programas.

Com os netbooks, vemos que afinal talvez - na maior parte dos casos - não seja necessário um sistema operativo que custa centenas de euros e ocupar Gigabytes de epaço em disco…

E começam a surgir até computadores que oferecem um mini sistema operativo integrado na motherboard que permite realizar a maioria das operações, sem que seja necessário ter um sistema operativo “tradicional” instalado: navegar na internet, falar num programa de chat, ouvir música, ver fotos, etc.

Tal como nunca nenhum de vocês se preocupou em instalar um sistema operativo no telemóvel (é só ligar e usar), porque razão não poderão/deverão os computadores poder ser usados de forma semelhante?

Curiosamente, no início era mesmo isso que acontecia - de forma muito mais “BÁSICA”, com a maioria dos computadores de outros tempos a ter um interpretador de BASIC na BIOS, permitindo que se ligasse o computador e se escrevessem programas -; algo que mais tarde foi dispensado à medida que os PCs evoluíram. Mas eis que chegamos a um ponto em que parecemos destinados a regressar a esse mesmo velho conceito de ter um sistema operativo integrado no computador. Um S.O. que poderá não dispensar o uso de um S.O. mais completo e potente instalado num disco rígido (ou disco Flash), mas que para a maioria das funções será mais que suficiente.

Actualmente, há várias empresas a trabalhar nisto - como a Splashtop -, mas de forma proprietária e “fechada” - mas de futuro, espera-se que isto se torne um standard e que todos nós possamos escolher um sistema operativo integrado que possamos instalar num chip especial existente nos computadores para arranque instantâneo.

No entanto, a longo prazo e com o desenvolvimento de memórias não voláteis, tudo isto se poderá tornar redundante - com a possibilidade de desligarmos os equipamentos e voltar a ligá-los estando eles prontos a funcionar sem necessidade do processo de “arranque.”

cmartins Os Sistemas Operativos Integrados Carlos Martins escreve no PL todas as quartas um artigo sobre OpenHardware. Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal Aberto até de Madrugada.

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Aug 12 2008

KNOPPIX

Estive quase a começar pelas seguintes questões:
Porque é que não hei-de criar a minha própria distribuição Linux?
É possível?
Claro que qualquer um pode criar a sua própria distribuição Linux. Tudo depende apenas de uns factores a ter em conta:
1. Vontade;
2. Persistência;
3. Alguma ou muita paciência.

Se quanto aos 2 primeiros pontos, pouco há a acrescentar; o terceiro poderá trazer alguma confusão, mas tudo passa pela opção que tomar. Se enveredar pelo caminho do LFS (Linux From Scratch), poderá ter que ter muita paciência, mas mesma muita, para além de um grupo de amigos que o queiram ajudar. Se, por outro lado, optar por uma distro existente e através dela fazer uma distribuição que vá de encontro ao que deseja ou pretenda, pode ter a certeza que o caminho irá ser muito mais fácil. Mesmo optando por esta última solução também existem as mais fáceis e as mais difíceis.

É aqui que entra a distro sobre a qual pretendo falar. Para já, gostaria de prestar uma homenagem a Klaus Knopper, por um dia ter imaginado a possibilidade de todos podermos ter um dia um Linux a correr em qualquer máquina através de um CD. Claro que não foi o primeiro, mas é um dos maiores responsáveis por aquilo a que hoje em dia se optou por chamar Live-CD ou Live-DVD.

Knoppix anda entre nós desde 2000 e vai neste momento na versão 5.3.1, tendo como curiosidade a opção pelo Live-DVD em exclusivo a partir da versão 5.2, iniciava nessa altura o ano de 2007. A versão actual já tem algum tempo e por esse facto ainda dispõe de algumas versões “antigas”, como por exemplo o kernel 2.6.24.4 ou o kde  3.5.9.
Tem ainda mais uma curiosidade: tem uma versão para invisuais ou pessoas com problemas de visão que dá pelo nome de Adriane - Adriane Knopper, mulher de Klaus. O Adriane Knoppix é muito simples de usar e por esse motivo também pode ser utilizado por quem não percebe nada de computadores ou para quem sabe pouco acerca de como lidar com eles. Quem quiser poderá, no momento de arranque, optar por esta versão.

Apesar de não ter sido a pioneira em Live-CD, é muitas vezes confundida como tal já que foi realmente através do Knoppix que se começou a assistir ao boom do número de distribuições disponíveis e na sua maioria derivadas deste trabalho de Klaus Knopper. E se começaram a aparecer distribuições Linux como cogumelos, será fácil de supor que o Knoppix é uma das mais simples formas de conseguirmos ter uma distro nossa, com o nosso nome e tudo se assim o entenderem.

Como é hábito, recorro novamente ao “darkstar” e se lá for descarregar aconselho uma leitura aos cheatcodes. Podem-lhe ser úteis.

Para finalizar, gostaria de colocar a seguinte questão:

- Há por aí alguém interessado em construir a sua própria distribuição Linux?

Se não for pedir muito, poderiam acrescentar por qual das opções enveredariam - LFS ou modificação de uma distro existente?


jocaferro KNOPPIX José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
Podem encontrar mais artigos como este no seu blog pessoal.

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Aug 05 2008

PARTEDMAGIC

Uma distribuição diferente do habitual que faz parte do meu “estojo de primeiros socorros”.

Como o próprio nome indica, trata-se de uma distribuição especificamente criada para ajudar na repartição do disco duro, mas não só, já que, para além de ajudar na tarefa de gerir partições, também inclui algumas aplicações para analisar e tratar da “saúde” do disco duro.

Recentemente saiu a versão 3.0. Ocupa 40 MB num CD ou Disco USB e, contrariamente ao que aconteceu com versões anteriores, foi actualizada com algumas das mais recentes especificações vindo a afirmar-se como uma das mais válidas e indispensáveis ferramentas para esta função.

No mundo “Linux” existem outras distros que também vos podem ser úteis, porém aconselho esta para todos aqueles que não queiram lidar com a linha de comandos mas sim através de um ambiente gráfico.

Download no site oficial.

Advertência: Esta distribuição contém aplicações poderosas que o podem ajudar mas ao mesmo tempo também pode destruir de uma forma (quase) permanente o conteúdo do seu disco duro. Leia todos os documentos ao seu dispôr e use com precaução.

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Jul 29 2008

DIVERSIDADE

Published by jocaferro under notícias livres

Esta semana estava esperançado em escrever algumas linhas sobre uma distro “openSolaris” já que pretendia aproveitar a recente saída de uma actualização, 0.7.1 do Belenix. Lamento imenso mas diversos problemas não o permitiram. Posto que os problemas foram de tal ordem que demorei várias horas a ultrapassá-los, e mal diga-se de passagem, achei que era melhor esperar um pouco antes de me aventurar em “mostrar” uma distribuição openSolaris que funcione à primeira ou então colocar um “how-to” ultrapassar esses problemas. De qualquer forma terá que ficar para outra data porém, os mais corajosos podem tentar a sorte aqui. Atenção que “os mais corajosos” é apenas brincadeira já que basta um pouco de paciência para procurar a forma de resolver os problemas que nos vão deparando.

Procuro outra e, de repente, encontro uma distro BSD acabadinha de sair - DragonFly BSD 2.0. Ainda me encontro a explorar e prometo que para a semana terei mais umas linhas a acrescentar a estas. Quem quiser experimentar poderá recorrer a darkstar ou outro à escolha.

Para além destas duas, ainda consegui ter tempo para dar uma “volta” em  Debian 4.0r4BLAG 90001.

Esta actualização de BLAG veio realmente corrigir uns erros e já consegui uma instalação “limpa” logo à primeira. Parece-me que alguns problemas foram corrigidos e aconselho a toda a gente experimentar esta distribuição Linux baseada em Fedora com a grande particularidade de ser uma distribuição 100% livre a aberta.

Como me encontro em período de semi-férias, é tudo por esta semana. Para a semana podem contar com “matéria” um pouco mais desenvolvida.


jocaferro DIVERSIDADE José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Jul 22 2008

RED HAT

Desde tempos imemoriais que uso os produtos com a chancela Red Hat. Foi o meu primeiro amor neste mundo da liberdade e desde sempre havia qualquer coisa que me fazia ficar espantado com o que a comunidade conseguia construir!
Mais tarde apaixonei-me pelo openSuse, mas essa é outra história que neste momento tem cada vez menos valor. Com muita pena minha.

O Fedora foi, é e será uma das distribuições que estará sempre presente pelo menos numa das minhas máquinas; e esta versão 9 conseguiu espantar-me. Mais uma vez.
Na próxima semana espero ter concluído um artigo mais abrangente acerca desta distribuição.

Se quanto ao Fedora 9 não me alongo mais, esta semana andei a experimentar 3 distribuições baseadas no produto desta casa: CentOS, BLAG 90000 e Linpus.

Começando pelo fim, Linpus é uma distro um pouco minimalista baseada em Fedora. Embora já exista há algum tempo, só agora parece querer tornar-se reconhecida mundialmente através da ACER, mais especificamente do ACER One. Eu sou um dos que pertenciam ao grupo dos “desconhecedores”. Já tinha “ouvido”, há cerca de 2 ou 3 anos, falar de qualquer coisa mas nunca perdi tempo a experimentar, tal como agora aconteceu com este sabor “Linux”.
Apesar das várias versões, sinceramente pode servir para uma máquina do tipo ACER One, mas não consigo vislumbrar o que poderá fazer face aos nomes mais conhecidos do mundo “Linux”, exceptuando no mercado da China. Foi uma experiência que me custou muitas e boas horas e não me convenceu. Espero ainda pôr as mãos em cima de um ACER One para ver como aquela versão do Linpus se porta.

Quanto ao BLAG 90000, o meu parceiro Bruno Miguel já aqui colocou um artigo. Nada mais tenho a adiantar excepto realçar a natureza “totalmente livre a aberta” que faz parte da filosofia deste “Linux”. Apesar de alguns desentendimentos que me deram um pouco de trabalho lá consegui colocar tudo a trabalhar, mas chamo a atenção que não foi à primeira…

Eis-me chegado ao CentOS. Para quem não conhece posso adiantar que é uma das melhores distribuições “Linux” que anda por aí. Baseada no Red Hat Enterprise Linux, oferece todo o potencial deste livre e aberto produto comercial, porém a custo ZERO. Se no mundo “servidor” quase todos conhecem o CentOS, já no caso dos Desktop tal não se verifica e apenas uma “meia dúzia” de malucos se lembram de andar por aí  com esta distribuição, grupo nos quais me incluo pois a partir de agora é este “Linux” que me acompanha a maior parte do tempo - fiquei rendido. O Fedora 9 continua a acompanhar-me mas numa outra máquina, a qual provavelmente substituirá o actual prestimoso e velhinho servidor. Pode-se dizer que se trata de uma troca já que o CentOS está actualmente no “velho” servidor, onde se tem portado de forma irrepreensível.
Neste momento, penso que o CentOS é a melhor distribuição para um sistema empresarial já que tem uma invejável versão servidor, ao mesmo tempo que a Desktop/Workstation se encaminha para a “bóptimo”.
Quem estiver interessado em experimentar pode descarregar a versão mais recente - 5.2 Live CD - no habitual darkstar.


jocaferro RED HAT José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Jul 15 2008

DSL

Damn Small Linux.

Não é para menos. Quando diz que é pequeno acreditem que é mesmo pequeno: cerca de 50 MB.
Lançada recentemente, esta última versão 4.4.3 faz jus às versões anteriores e para se ter uma noção da “pequenez” desta distribuição atentem neste pormenores:
- Live-CD utilizando apenas um mini-CD;
- Arranca através de um drive USB;
- Arranca através de um outro sistema operativo;
- Em modo “frugal install” poderá arrancar através de um “disco” IDE Compact Flash;
- Necessita apenas de um 486 com 16 MB de memória;
- Corre inteiramente em apenas 128 MB de memória RAM.

Apesar de pequeno, não quer dizer que terão que prescindir das ferramentas que usam diariamente. Podem contar com programas para quase tudo - apesar de muitos serem quase desconhecidos - entre os quais destaco o Firefox.

Se tem uma máquina “velha” e estão dispostos a explorar o que ainda é possível fazer com material que provavelmente vai contribuir para a poluição deste magnífico e único Planeta, tentem pelo menos dar uma oportunidade de adiarem a inevitável morte de um equipamento que provavelmente vos acompanhou durante mais tempo do que a família ou namorado/a. Ainda se pode fazer muito com uma máquina destas e quem passa a maior parte do tempo no MSN ou afins, consultar uns sites, receber/enviar e-mails, redigir uns simples textos, fazer umas contas ou perder um pouco de tempo a blogar, pode ter a certeza que resultará. Para além de não estarem a remeter a lata velha para o lixo podem ainda reduzir substancialmente a conta da “luz” que, como é lógico, trará também claras vantagens para o nosso Planeta e para o “bolso”.
Nos tempos em que vivemos, todos os esforços valem a pena e se puderem reduzir ao mínimo o uso dos autênticos “sorvedores” de energia eléctrica que são os computadores actuais, sem grande impacto para as tarefas que executamos, porque não o fazer!?

Esta distribuição é extremamente modular e poderão optar por mais/menos funcionalidades e caso optem por instalar num disco rígido poderão contar com um SO completíssimo baseado no célebre Debian.

No site oficial poderão ler mais sobre este minúsculo “Linux” que já conta com alguns e bons anos de saudável convívio com algumas máquinas que compõem o meu lab caseiro das quais saliento um PII 350 MHz que é efectivamente o “meu” computador com mais anos na minha companhia - cerca de 9 anos com a mesma motherboard+processador+memória+placa gráfica.

Experimentem. Verão que não darão o vosso tempo como perdido. Podem começar por construir o vosso próprio ringtone ou seja por aqui.

Ah! e GAIA agradece!

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Jul 08 2008

GENTOO 2008.0

Qual Fénix renascida, eis uma nova versão desta tão popular distro.

Desde sempre gabada pela rapidez mas nem tanto pelo tempo que demorava a compilar todos os programas, esta distribuição parecia estar a acabar, imerecidamente; mas, de repente, surge com um novo fôlego. E que fôlego!

Testei as duas versões LiveCD - x86 e amd64. Se na versão x86 não tive qualquer problema, já a AMD64 não me mereceu qualquer atenção especial porque, muito simplesmente, pifou. Não deu nada. Nicles. Zero! (*)

Assim, a primeira impressão que tive do “novo” Gentoo foi como que uma sensação de leveza. Para esta sensação contribui e muito o Xfce, o qual ganhou o lugar outrora ocupado pela GNOME.

Sinceramente, nunca me dei bem com o Xfce e também não foi desta que me deu um “click”. A minha preferência actual recai no GNOME e tenho alguma dificuldade em gostar dos outros muito embora já tenha dado uma voltinha pelo KDE 4 - e pelo que vi, promete e muito!

Esta versão do GENTOO é bem actual e conta com muitos drivers para o hardware actual, se bem que o problema que encontrei no AMD64 deva estar relacionado com algum do hardware que compõe esta máquina - Paix -  que, como já disse anteriormente, não é pêra-doce para qualquer SO. Nas versões do ano passado apenas uma distro conseguiu instalar todos os componentes desta máquina, mesmo incluindo uns Windows - e não foi a versão para 64 bits -, enquanto neste ano quase todas detectam tudo à primeira excepto as versões 64 bit e o OpenSolaris (um pouco mais para a frente falarei do Solaris). Chamo a atenção para o facto de eu estar a falar em instalações automáticas e sem qualquer intervenção da minha parte excepto as absolutamente necessárias, como é fácil de entender.

Não sei bem qual o posicionamento do Gentoo no panorama actual. Espero bem que se safe e que venha a ser uma das distribuições mais usadas.

A comunidade Gentoo foi uma das principais “fontes” de recursos a quem todos recorriam e geralmente encontravam a resposta. Nunca me hei-de esquecer do enorme potencial de informações que ainda por aí circula. Um grande Viva a esta comunidade!

Merece-o.

Quem estiver interessado em instalar uma distribuição Linux segura, rápida, actual e com enorme potencial informativo (logo = aprendizagem) não hesite!

Vá até Darkstar ou até à página oficial, descarregue o LiveCD e experimente.

Depois digam-me algo, ok?

(*)  - acabou num monitor completamente escuro. Não é minha intenção, em relação a estes artigos rápidos, andar a lutar contra o sistema. Arranca e trabalha - ok. Não trabalha - posto de lado.
Quando se tratar de análises completas, já estou a tratar da 1ª acerca do Fedora 9, aí sim vou à luta.


jocaferro GENTOO 2008.0 José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Jul 01 2008

KURUMIN NG 8.06

bootsplash_1-300x224 KURUMIN NG 8.06

Lançada recentemente esta versão New/Next Generation do kurumin que não é mais do que “união” de esforços por parte de Carlos Morimoto (kurumin) e de Leandro Santos (kalango). Ainda bem que o fizeram já que cada um tinha resolvido abandonar os respectivos projectos.
Embora não os conheça pessoalmente e nunca ter trocado com eles mais do um ou outro comentário ou e-mail (contam-se com os dedos de uma mão) na verdade são velhos conhecidos desde o tempo em que eu comecei a comprar a PC Master. Agora já não a compro, apenas devido ao atraso de cerca de 6 meses que uma simples revista demora a chegar a Portugal, mas tenho acompanhado o trabalho deste pessoal, principalmente Carlos Morimoto, no Guia do Hardware.
Esta versão 8.06 segue a já habitual linha de facilidade de instalação/configuração o que a torna numa séria candidata a ser uma das primeiras experiências de todos os que pretendam experimentar a “liberdade”. Desta vez é baseada no kubuntu e é mesmo muito fácil de lidar bastando descarregar o ISO, gravar um Live CD e arrancar o computador através desse mesmo CD e posteriormente instalado caso gostem do que viram. Logo no início, embora não tenha a opção de poder escolher a linguagem a utilizar ficando-se pelo português do Brasil e Inglês, pode e deve-se optar pelo teclado Português de Portugal bastando, para isso, premir a tecla F3 e escolher.
Neste meu computador (Paix) tudo correu às mil maravilhas tendo detectado todo o hardware logo à primeira e é esse exactamente o objectivo desta distribuição essencialmente dirigida para o “desktop”:
- Fácil;
- detecção imediata de quase todo o hardware;
- conjunto de ferramentas que permitem instalar todos os codecs;
- evita ao máximo a inclusão de mais do que um programa para determinada função.

Absolutamente recomendável, diria quase indispensável para os mais novatos.

Quem quiser experimentar já sabe que pode ir ao site do costume - “darkstar“.


jocaferro KURUMIN NG 8.06 José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Jun 17 2008

SISTEMAS OPERATIVOS - LIVRES E ABERTOS

“Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida”.
Esta frase poderá prestar-se a tudo mas, especificamente neste caso, é mesmo uma realidade.
Todas as Terças irão contar, da minha parte, com um artigo ou notícia acerca de Sistemas Operativos Livres e Abertos e, quando possível, uma detalhada informação ou tutorial acerca de uma determinada distribuição.
Espero conseguir cobrir o espectro das várias hipóteses existentes desde as distribuições “Linux”, BSD ou OpenSolaris.

Hoje, como estou a iniciar a colaboração com Programas Livres, não vou apresentar qualquer Sistema Operativo. Optarei, antes, por “filosofar” um pouco acerca deste conceito.

Qual a vantagem de optar por um SO Livre e aberto?
A resposta é simples: escolha.

Pode, à partida, parecer um pouco simplista, mas na verdade esta escolha engloba muitos outros conceitos com o realce a recair sobre a liberdade.

Liberdade de escolher o que eu pretendo.
Liberdade de mudar.
Liberdade de experimentar.
Liberdade de fazer o que quiser com o que me é oferecido.
Liberdade de construir um SO à minha vontade.
Liberdade de o transportar para quantas máquinas quiser.
Liberdade de optar pelo proprietário se assim o entenderem.

Em suma: completa liberdade para tudo!

E quem não gosta e preza a sua liberdade?
O ser humano, com a sua capacidade de raciocinar, anseia e sempre ansiou pelo seu espaço. Imensas lutas tem sido travadas, desde tempos imemoriais, em busca deste ideal.
Porque há-de ser diferente com a tecnologia? Ou, posto de outro modo, porque não o fazer com a tecnologia que se encontra ao dispor, principalmente quando esta não lhe custa absolutamente nada e, para além do custo, também é absolutamente livre?

Ah!, podem alguns exclamar, mas tem custos pelo menos o tempo que gastamos.
Certo, sem dúvida. Só que o tempo que estão a gastar é produtivo ou seja, estão a aprender algo que poderá ficar para sempre e não a desperdiçar tempo em algo que daqui a dois ou três anos já não existe e lá terão que recomeçar de novo.
Nada como exemplos para ilustrar a teoria e o meu exemplo recorrente é o Brasil. Um país, que ainda há pouco tempo se encontrava tecnologicamente atrasado, ao enveredar pelo caminho do Software Livre e Aberto, tornou-se, em pouco tempo - menos de 5 anos -, numa das maiores potências mundiais no que concerne a este campo. Os nossos irmãos brasileiros começam a dar cartas no mundo inteiro e as solicitações por parte das principais empresas mundiais começam a aparecer em grande escala.

Um dos grandes problemas apontados à progressão deste ramo de negócio é a falta de técnicos e realmente existe um grande deficit de profissionais neste ramo que resulta numa procura muito superior à oferta.
Oportunidade de negócio?
Sim, sem qualquer sombra de dúvida. Se procurarem um pouco poderão certificar-se que os profissionais deste ramo ganham mais que os que se dedicam ao proprietário. Salvo as devidas excepções, como é óbvio.

Dedicar o vosso tempo a esta actividade é investir no vosso futuro. Tudo é gratuito, pelo que evitam a pirataria. E, na maioria dos casos, os conhecimentos que estão a assimilar adaptam-se perfeitamente quer ao mundo livre quanto ao proprietário.

Então o que impede alguém de mudar?
Provavelmente a acomodação. Vivemos numa sociedade, pelo menos no mundo que se diz “civilizado”, em que compramos tudo feito - sociedade “fast-food”, em que as grandes corporações dominam a seu belo prazer os governantes, em que o poder do dinheiro se sobrepõe ao “social” e em que grandes barbaridades são cometidas diariamente com a assinalável passividade da nossa parte.
Vivemos numa sociedade obesa, adaptados à curva do sofá e à forma das pantufas, adoramos o nosso umbigo e passivamente assistimos à barbárie que passa diariamente nos telejornais.

É óbvio que nem todos são assim. Felizmente!
Há sempre alguém, por vezes com um idealismo exacerbado como é o meu caso, que tenta lutar contra a maré. Dá trabalho e chatices sem conta mas, no “fim da viagem”, podermos sentir-nos bem com nós próprios e a satisfação de termos conseguido algo por mais ínfimo seja ilumina a imagem que todos os dias vemos no espelho.

E do lado do proprietário não há ninguém nas mesmas condições, podem perguntar.
Claro que sim. Os idealistas estão dos dois lados da barricada.

Afinal, quais as vantagens que posso tirar de toda esta estafa?
Relativamente poucas se estiverem a pensar em termos monetários, mas muitas se estiverem a pensar em realização pessoal.

Em resumo, não é um “wow” mas sim “Eureka”.

Descoberta ao invés da pasmaceira.

Em jeito de conclusão, faço o convite para me acompanharem nesta viagem, se assim o desejarem. Ninguém é obrigado a nada, mas conto com toda a participação dos leitores de PL para me questionarem ou mesmo para me emendarem quando acham que estou errado. Não vale a pena mencionar que insultos não, já que tenho a certeza que estou perante pessoas verdadeiramente civilizadas.
Contudo, peço o especial favor de evitarem ao máximo as perguntas cujas respostas se podem encontrar com uma simples busca, excepto no caso dos tutoriais ou análises mais detalhadas. A minha vida profissional limita-me imenso o tempo que posso dispensar e por esse motivo darei primazia às questões mais pertinentes ou aquelas onde o grau de dificuldade é mais elevado.

Despeço-me com um grande @braço para toda esta comunidade.

jocaferro SISTEMAS OPERATIVOS - LIVRES E ABERTOS José Rocha escreve no PL todas as terças um artigo sobre Sistemas Operativos Abertos.
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Feb 15 2008

Caixa Mágica 12 disponível para download

Published by Bruno Miguel under linux

Caixa Mágica é uma distribuição portuguesa de GNU/Linux que disponibilizou uma nova versão. A grande novidade desta distribuição é a mudança de base para a Mandriva 2008, a distribuição europeia de GNU/Linux com maior sucesso.

No dia 4 do corrente mês, a distribuição foi oficialmente lançada, mas estava apenas disponível através de subscrição. Hoje, já pode ser descarregada livremente dos servidores deste projecto.

Para já, apenas o DVD da versão 32bit está disponível. A versão 64bit deverá chegar dentro de pouco tempo.

Download

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